Susan Blum restringe o acesso das gatas à lavanderia. Fernando Zequinão/Gazeta do Povo
Eles são como crianças sapecas: não têm noção do perigo e, por isso mesmo, precisam de cuidados especiais para não se meterem em enrascadas. Ávidos por descobrir o lugar onde vivem, os pets têm o costume de avançar por áreas como a cozinha e a lavanderia, que acabam se tornando lugares perigosos para eles.
Para evitar esses problemas, a escritora e professora Susan Blum, 51 anos, resolveu deixar o ambiente restrito para suas duas gatas Morgana e Miúcha e as portas que dão acesso a esses dois cômodos estão sempre fechadas. A preocupação de Susan é justificada: os produtos de limpeza podem causar danos e até mesmo levar os bichos à morte.
Além de limitar o acesso, o indicado, diz a médica veterinária Marúcia Cruz, da Clínica Mania de Gato, é colocar os materiais de limpeza, venenos, plantas tóxicas e álcool em locais altos, de difícil acesso e bem fechados. “É interessante também etiquetar o local para que sejam guardados apenas materiais tóxicos neste nicho”, explica Marúcia.
Hora da faxina Na hora de fazer faxina e deixar a casa um brinco, o mesmo cuidado é necessário. Susan, por exemplo, deixa Morgana e Miúcha na sacada enquanto realiza a limpeza. Se não for possível, o ideal, diz a médica veterinária, é apostar em soluções com água e vinagre. Na hora da armazenagem, o melhor é colocar tudo em um armário fechado e dentro de caixas de plástico.
Os produtos usados no banho também merecem cuidado extra do dono, especialmente os medicamentosos. E, se a casa passar por uma dedetização, o ideal é retirar os pets do ambiente por 24h. “Após esse período, é necessário higienizar bem a casa, tanto para retirar produtos tóxicos, como os bichos mortos que podem ser ingeridos pelos pets”, diz Marúcia. Nesse período de isolamento, o animal pode ir para uma clínica veterinária e fazer um check-up. “Enquanto o lar passa pela limpeza, os bichos também podem ter possíveis parasitas, como pulgas, carrapatos e vermes, retirados”, diz Marúcia.