Obstrução, coronária, artérias, enfarto. Os termos médicos não ajudam a traduzir como se prevenir de um enfarto ou de um AVC. Separamos os principais fatores de risco, segundo o cardiologista professor da PUCPR, Dalton Précoma, também ex-presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Cerca de 90% das causas da aterosclerose, o acúmulo de gordura nas paredes das artérias, são de responsabilidade desses fatores. Fique de olho!
- O LDL, conhecido por colesterol ruim, aumentou? Ao mesmo tempo, houve uma diminuição do HDL, que é a fração boa do colesterol? Tome cuidado! Enquanto o LDL é responsável por fixar a gordura nas paredes das artérias, o HDL ajuda na proteção, limpando as paredes. Sempre tente manter mais HDL do que LDL.
- Você fuma? O cigarro é considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) o único fator de risco mais evitável que existe, porque tanto para começar quanto para terminar depende de uma decisão da pessoa, e não é influenciado por uma condição genética.
- Como está a diabete? O diabético tem o mesmo risco de desenvolver um enfarto do que pessoas que já enfartaram, por causa da facilidade em acumular a gordura nas paredes da artéria, ou a aterosclerose.
- Tem controlado a sua hipertensão arterial? Tomar os remédios com regularidade e manter uma vida ativa ajuda a reduzir os riscos de enfarto em hipertensos.
- Obesidade central. Não basta olhar apenas o índice de massa corporal, que é um indicador interessante para verificar a obesidade em uma população. Para saber o risco do indivíduo, meça a circunferência abdominal – que é muito mais difícil de perder na academia.
- Não precisa de muito para sair do sedentarismo. De acordo com a OMS, basta 30 minutos por dia, cinco dias na semana, de atividade física. O sedentarismo predispõe à obesidade e hábitos não muito saudáveis.
- Mudança de estilo de vida virou um mantra entre os médicos, e tem uma razão de ser. Além de prejudicar a qualidade de vida, gera modificações hormonais, com impactos em todo o organismo. Procure aliviar atividades estressantes e busque hobbies.
Circunferência abdominal – Para mulheres, uma circunferência abdominal considerada aumentada, com risco de desenvolver a Síndrome Metabólica, é acima de 80 cm. Para homens, 90 cm. Para brasileiros descendentes de europeus, é de 94 cm.
