Saúde e Bem-Estar

“Adoro uma estrada”

Rosy de Sá Cardoso, 81 anos, jornalista, trabalha na gazeta há mais de 30 anos
01/04/2007 19:15
Dirijo desde 1951 e, como todo (ou quase todo) mundo, comecei num Fusquinha. Nunca provoquei qualquer acidente, nem me envolvi em acidentes por causa de outrem. As manchas da minha ficha são apenas por excesso de velocidade, que reputo como excesso de obediência ao que determinam as leis que regem o trânsito: por exemplo, fui multada por estar a 67 quilômetros por hora em rua onde a velocidade era de 60 (como a via rápida Portão-Centro), sendo permitido chegar até 65. Era domingo e a rua estava praticamente sem movimento.
Sempre cumpri rigorosamente as leis de trânsito: tenho dentro do carro um par de sapatos baixos, fechados, para o caso de, se sair de sandália ou sapato de salto alto, poder trocar ao sentar ao volante. Acredito que fui a primeira pessoa em Curitiba (junto com minha irmã, já falecida) a usar cinto de segurança – depois de um mês nos Estados Unidos, em 1968, voltei “viciada” no uso do cinto. Meu carro não tinha (nenhum carro tinha cinto àquela época), e numa viagem a São Paulo compramos dois cintos, que aqui em Curitiba instalamos no Fusca. Em estradas – a-do-ro dirigir em estrada – respeito 100% a sinalização: se uma faixa amarela é contínua, não há de ter sido pintada aleatoriamente. Sem dúvida, técnicos e engenheiros acharam que aquele trecho deve ser contínuo. E quem sou eu para desobedecer?
Já me aventurei a dirigir em Portugal e Espanha; não o faria na Grécia, pelo alfabeto usado lá, ou na Inglaterra, (Austrália, África do Sul também), onde a mão é ao contrário da nossa. Meu melhor momento foi há pouco mais de uma ano, dirigindo 12 dias, sozinha, pelas fantásticas estradas da Califórnia.