Saúde e Bem-Estar

Com a palavra, os vendedores

Larissa Jedyn
19/07/2009 03:21
No mercado dos automóveis, o público maduro costuma pagar mais para ter alguns mimos no carro. Segundo Edenilson Reinhardt, gerente de relacionamento da Honda Niponsul, é possível avaliar isso por meio de uma análise dos modelos preferidos de cada faixa etária. “Enquanto o New Fit tem a maioria dos clientes entre 35 e 50 anos, o Civic faz sucesso entre os consumidores de 45 e 65 anos e o modelo de luxo Accord entre as pessoas com mais de 50 anos. A diferença está na potência e nos acessórios dos modelos”, comenta. Os dois últimos, aliás, receberam a nota máxima em segurança da EuroNCAP (European New Car Assessment Programme) e, por isso, são considerados os carros mais seguros da Europa.
Na moda não é diferente e o consumo da clientela com mais de 40 anos esbarra nas questões de qualidade e atendimento. “Minhas clientes têm informação de moda, gostam de se vestir de acordo com as tendências, mas são muito mais exigentes com o produto final. Elas até podem desejar uma roupa igual à da moça de 20, mas querem uma manguinha, reparam se a cor combina com a pele, pedem mais dois dedos na barra. Elas se conhecem muito melhor e, por isso, exigem mais”, diz Irit Czerny da marca curitibana Lafort.
E as marcas estão de olho neste mercado. “Se temos a Diesel para as jovens, com suas calças sensuais de cintura baixa, temos uma Seven que entendeu que as mulheres um pouco mais velhas também queriam um jeans bacana, só que mais elegante, com um caimento melhor, que esconde o que precisa e mostra só o que fica bonito.”, conta Fernando Cappoani, da Maison Cappoani. Outra característica, é que essas clientes preferem as lojas de rua. “Elas entram, querem ver as novidades, precisam de vendedores bem informados. Na loja de rua se vende mais qualidade e menos quantidade”, diz Andréa El Omeiri, sócia da Bazaar Fashion.
Agora é a vez do consumidor
A vida ensinou o empresário Edmar Cardoso Luna, 50 anos, a comprar. Foram idas e vindas da economia, contas na ponta do lápis e muita pesquisa de mercado. E não só pelo menor preço. “Eu não gasto dinheiro antes de estabelecer uma relação equilibrada entre qualidade, preço e atendimento. Costumo ser fiel a quem me atende bem e cumpre exatamente o que foi acertado”, diz. Para comprar um equipamento eletrônico, por exemplo, Luna avalia o gasto de energia, o barulho que faz, a garantia, a marca e até a idoneidade da loja. “Mas quando eu gosto de uma coisa, não faço cerimônia. É assim com carro. Eu nem olho para os populares. Quero banco de couro, potência de motor, acessórios e o que mais tenho direito. Sei o quanto isso custa e não me importo em pagar”, conta ele, que tem na garagem dois carros importados. (LJ)