Uma pesquisa publicada no New England Journal of Medicine revela que o número de calorias ingeridas é inversamente proporcional à longevidade, ou seja, comer menos é viver mais.
“Antes usávamos mais o corpo e por isso a reserva de energia precisava ser maior, mas hoje somos sedentários, portanto a ingestão de calorias precisaria ser menor. O acúmulo da gordura abdominal (síndrome metabólica) faz com que órgãos importantes, como o fígado, pesem mais, atrapalhando o seu funcionamento. Calcula-se que quem não trata a síndrome metabólica pode morrer em dez anos”, alerta o geriatra e mestre em cardiologia Maurílio José Pinto.
A clínica geral e especialista em longevidade saudável e nutrologia, Socorro Caldas, explica que nos últimos 60 anos demonstrou-se que a técnica conhecida como restrição calórica é a única que, comprovadamente, reverte o processo de envelhecimento. “Mas é importante lembrar que restrição calórica não significa jejum prolongado ou desnutrição. As refeições devem ser menores durante todo o dia, a fim de controlar a ingestão excessiva de macronutrientes – carboidratos, proteínas e gorduras – e micronutrientes – vitaminas e minerais”, afirma Socorro Caldas.
O baixo consumo de calorias combate a ação dos radicais livres, um subproduto do metabolismo que pode ser comparado à fumaça tóxica que sai de um automóvel. Em excesso, danificam e degeneram as células do nosso corpo. (JK)
