Saúde e Bem-Estar

Mês do Alzheimer: Tire suas dúvidas!

Da redação
16/09/2015 10:35
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Diagnóstico precoce é a melhor arma contra o Mal de Alzheimer (Foto: Bigstock)
Setembro é considerado o mês do Alzheimer e, embora não exista uma cura até o momento, a doença teve um avanço em novos medicamentos e em tratamentos não farmacológicos que ajudam na redução dos sintomas. Confira o material que o Viver Bem levantou sobre novidades em tratamento para o Mal de Alzheimer.
Tratamentos além dos remédios
O estímulo ao cérebro através da música, da arte, das fotografias antigas de família e de suplementos nutricionais pode adiar o surgimento de alguns sintomas da doença e melhora não apenas a qualidade de vida do paciente, mas também a vida de quem está ao seu lado. “As terapias alternativas servem, primeiramente, para manter a qualidade de vida. Depois, melhoram a mobilidade e procuram manter o paciente bem, evitando as fraturas comuns aos idosos”, explica a mestranda em Neurologia e Neurociências pela Universidade Federal de São Paulo, Cybelle Diniz.
Por meio de conversas e exposição de fotografias, a professora professora neurologista, geriatra e psiquiatra da Universidade Federal Fluminense, Vilma Duarte Camara, orienta os pacientes a lembrarem de histórias e a compartilharem aos colegas e familiares. “Tentamos resgatar as funções sociais, melhorando as mudanças de comportamento, os distúrbios do sono, a orientação tempo/espaço que eles perdem com a demência. A memória afetada prejudica a conexão com a fala e os deixam mudos, acaba o diálogo. Os tratamentos ajudam neste sentido”, explica.
Algumas atividades visam aprimorar a noção espacial e temporal, bem como a relação direita/esquerda dos pacientes. Outro benefício dos não farmacológicos é o incentivo à neuroplasticidade. As intervenções estimulam o cérebro a substituir as células nervosas perdidas e restaurar conexões neurais, fomentando a memória e adiando em até o dobro do tempo sintomas que paralisariam o paciente.
Novos medicamentos
A maioria dos novos medicamentos está em fase experimental, como o anticorpo monoclonal, medicamentos à base de células do sistema imunológico, solanezumabe e o educanumab. Enquanto aquele pode ser o primeiro medicamento a agir diretamente na doença, ao invés de apenas melhorar os sintomas, o segundo tenta bloquear a formação da placa de proteínas no cérebro do paciente.
Vacinas também estão sendo estudadas, e elas serviriam como prevenção à doença, mas ainda sem nenhum sucesso. Detecção precoce do Alzheimer através de exame na pele, biomarcadores e do sangue periférico também virou pesquisa, mas ainda sem resultados concretos.
Tire suas dúvidas
No dia 21 de setembro, segunda-feira, o auditório do Hospital do Idoso Zilda Arns receberá palestrantes da Associação Brasileira de Alzheimer (ABRAz) para tirar dúvidas do público sobre a doença, direitos e cuidados dos pacientes, bem como dos cuidadores. O evento começa às 14h.