Ficar contra a parede sem ter para onde escapar não é com ele. O bancário Dirceu Correa Sobrinho é da política de que “se mexe no time quando ele está ganhando” e, aos 47 anos, já pensa no que vai fazer quando a aposentadoria chegar. Funcionário de um banco há 26 anos, formado em Administração e com pós em Finanças, Dirceu tratou de voltar à faculdade para cursar Direito e ampliar os horizontes: “Pode até ser que eu continue no banco por pelo menos mais uns 10 anos, mas não quero ser pego de surpresa. Se tiver que dar uma guinada já estarei preparado. Sempre penso na frente, é uma questão de estratégia, preciso estar preparado.”
As dificuldades de mercado existem. Mas, para Dirceu, muitos dos aposentados têm culpa pelo cenário estar do jeito que está: “Em boa parte das vezes as pessoas se acomodam e ficam esperando que as coisas se resolvam. Eu procuro me antecipar. Quando saiu o computador, fui um dos primeiros a comprar. Fiz curso para usar a internet. Se vierem com algum rótulo em relação à idade, você tem argumento para contrariar.” Na sua estratégia já está previsto trabalhar duro até os 60 anos e depois continuar com alguma atividade mais tranqüila: “Parar nunca!”
Para fugir do isolamento e da estagnação, o personal life coaching Luiz Antonio de Souza Neto sugere justamente a reação. “Não espere se aposentar para fazer um projeto. Não viva de improvisação. Pense em como você quer estar nos próximos 5, 10, 20 anos. Avalie o seu potencial de criatividade latente e exerça sua criatividade. É sua grande oportunidade.” (LJ)
