Saúde e Bem-Estar

A curtição

Adriano Justino
07/08/2005 23:13
“Essa é a melhor fase. Até o terceiro mês tem os enjôos, muito sono. No final, não dá para dormir tão bem, o bebê chuta bastante, dá dor nas costas… Agora como legal, durmo legal, estou mais ativa, estabilizada.” O depoimento da atriz e produtora cultural Clara Serejo, de 36 anos, grávida de seis meses, coincide com o do psicólogo Juarez Marques de Medeiros: “O segundo trimestre é o mais tranqüilo, a mulher já não tem a fantasia de perder o filho, é quando sente os primeiros movimentos fetais, está ‘claramente grávida’, mostra a barriga com orgulho, há uma definição maior dessa identidade.”
Mãe de Pedro, de 14 anos, Clara atribui à idade e ao fato de ser sua segunda experiência a tranqüilidade em relação aos cuidados com Maitê a decisão de apostar em uma alimentação mais saudável – “na primeira, comia um pacote de bolacha recheada por dia, engordei 20 quilos” – e o fato de não ter mais tantas dúvidas. Mas a instabilidade emocional é a mesma: “Acho que se tiver cinco filhos, é igual. Não dá para controlar os aspectos hormonais, às vezes dá aquele chororô sem explicação.”
A ansiedade em relação ao parto também é recorrente. “Estou tentanto ter o máximo de tranqüilidade, mas a gente não sabe como vai ser, não tem como ser segura disso, é o inesperado.”