Marcos é portador da Síndrome de Hunter, que leva à deficiência mental e provoca alteração esquelética. Durante a gestação, houve a suspeita de que Marcos poderia ter a doença, uma vez que o primeiro filho de Gabriele, Gustavo, hoje com 8 anos, também tem a síndrome. Quando Marcos nasceu, foi confirmada a suspeita. “No caso dele, com o transplante de medula óssea existe a chance de evitar a deficiência mental”, diz o hematologista pediátrico Lisandro Lima Ribeiro.
No dia 15 de novembro, Gabriele, o marido Marcos Diogo, o filho Gustavo e o pequeno Marcos chegaram do Rio de Janeiro, onde moram. Eles vieram para Curitiba à procura de atendimento no Hospital de Clínicas da UFPR, referência nacional, e internacional, em transplante de medula óssea (TMO).
Marcos conseguiu um doador e no dia 7 de dezembro, ainda com menos de três meses de vida, passou pelo transplante. Até agora, o bebê está reagindo bem, “muito bem”, diz a mãe.
No HC são realizados cem transplantes por ano, quase metade em crianças. Porém, a Clínica de Cirurgia Pediátrica foi a que mais realizou procedimentos cirúrgicos no ano passado no HC. De janeiro a novembro foram 1.506 procedimentos, uma média de 137 por mês.
O cirurgião Miguel Agulham, do Hospital de Clínicas, diz que as três patologias mais simples a serem operadas são fimose, hérnias e testículo fora da bolsa escrotal. As mais complexas dizem respeito a problemas cardíacos e neurológicos. Agulham conta que, ultimamente, têm aparecido mais casos para corrigir má formação no aparelho digestivo. “Nem todos os bebês nascem completamente saudáveis. Alguns precisam corrigir má-formação. E, dos problemas mais simples aos mais complexos, quanto antes for feito o diagnóstico e a cirurgia, mais chances a criança tem de se recuperar”, afirma Agulham. (MRS)
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