Um alerta para as adolescentes: descuidos com a saúde e na vida sexual podem interferir no planejamento familiar futuro. É importante atentar para a prevenção a DSTs (doenças sexualmente transmissíveis) e lembrar das consequências delas. Algo simples e possível de ser evitado ou tratado na adolescência pode vir a gerar dificuldades para engravidar.
O especialista em medicina reprodutiva e diretor do Fertility Medical Group, Assumpto Iaconelli Junior, explica que uma das doenças que mais acarretam alteração tubária e infecção pélvica é a clamídia. E, como um discreto corrimento é o único sinal, muitas jovens sequer procuram um médico.
A ginecologista do Hospital Marcelino Champagnat, Maria Letícia Fagundes, cita a clamídia e a endometriose como as principais causas de esterilidade, sendo que a primeira poderia ser evitada. “No comportamento sexual dos adolescentes falta cuidado com o uso do preservativo. Elas até se preocupam com a contracepção, mas ingenuamente usam anticoncepcionais hormonais e deixam de lado o preservativo. Esquecem que qualquer doença inflamatória pélvica pode causar lesões que geram dificuldade reprodutiva”, afirma Maria Letícia.
Sobre a endometriose, ela ressalta o fato de que vem acontecendo precocemente, “hoje é comum identificar essa doença na adolescência”, afirma. Ela explica que o uso do anticoncepcional ajudaria a evitar a condição, porém, a barreira está no preconceito das mães, que temem com isso estimular a prática sexual na vida das filhas.
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