Saúde e Bem-Estar

Histórias de Mães: simplesmente mãe

Gazeta do Povo, com colaboração de Daniel Batistella
11/05/2012 12:54
Dizem que mãe só muda de endereço. Mas o Viver Bem sabe: mãe sempre é única, assim como a sensação de segurar um filho nos braços, seja ele “da barriga” ou “do coração”.
Nesta semana que antecede o Dia das Mães, a nossa vontade era ouvir – e contar! – as histórias de todas as mães. Como isso não é possível, elegemos cinco mamães, que contam, diariamente, as alegrias e os desafios da maternidade. São mulheres de carne e osso, que dividem um pouco da sua vida.
Veja a história da mãe de primeira viagem.
Conheça a mãe de uma adolescente.
Avó é mãe em dobro, diz leitora.
Veja o depoimento de Lucy Vieira, que mora longe dos dois filhos.
Acompanhe esta e as outras histórias aqui no site e aproveite para contar a sua também!
Simplesmente mãe
Maria Conceição Sudbrack, 60 anos , mãe social na Associação Cristã de Assistência Social(Acridas)
Me preocupo com cada um deles. Muitas meninas em condição de risco que passaram pelos meus cuidados ainda hoje me escrevem dizendo como estão. Certa vez, há uns oito anos, uma garotinha me disse brincando: “tia, um dia vou crescer e vou ser diretora desse lugar!”. Eu disse a ela: “isso mesmo, mas antes tem que estudar para alcançar seus objetivos”. E disse mais: “por que não se forma em assistência social e vem pra cá, aí você pode fazer mais por essas crianças que como você também estão de passagem por aqui”.
Para a minha felicidade, hoje ela está no terceiro ano da faculdade, já com a promessa da diretora da Acridas de que a vaga de assistente social do local é dela. Ela tinha tudo para ser uma pessoa infeliz, pois assistiu seu pai assassinar a mãe em sua frente. Ela é apenas um caso. Existem muitas meninas por aí esperando por alguém que lhes dê atenção e carinho, pois para fazer isso que eu faço não é somente encher os abrigos de crianças. Tem de ter vocação e muito amor com essas vidas que os próprios pais tiraram o direito de estarem em seu lares.
Infelizmente, essas crianças têm bagagens muito grandes que não podem carregar sozinhas. Precisam de ajuda pra isso. Graças a Deus existem instituições como a Acridas e pessoas com amor para fazer os dias melhores e um futuro para aqueles que não conseguem ver nenhum. Eu amo o que faço e enquanto eu tiver fôlego estarei com a minha bandeira erguida. Sou, simplesmente, mãe!”
E você, também é mãe do coração? Conte para o Viver Bem!