“Deve ser muito difícil ser pai.” A frase da psicanalista Jane Cherem, mestre em Antropologia e professora do curso de Psicologia do UnicenP, merece reflexão. Para ela, durante a gravidez o homem ainda tem o papel de dar carinho e atenção à mulher, que espera proteção. Mas depois forma-se um vínculo muito grande entre a mãe e o bebê, e o pai “perde o lugar” durante um bom tempo.
“O homem deve ter uma boa estrutura emocional para suportar essa espécie de separação e muita paciência. Alguns maridos suportam bem ir para esse terceiro lugar, outros nem tanto”, diz. Nem sempre a expectativa de que o bebê vai unir o casal é verdadeira.
“Cabe à mulher dar entrada para o pai e dividir sua atenção entre o filho e o marido”, afirma Jane.