Saúde e Bem-Estar

Os 4 testes pelos quais o bebê deve passar

Marina Mori
24/11/2015 22:00
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Na maternidade
Veja as avaliações mais importantes:
1 Teste do Pezinho: a triagem neonatal é obrigatória por lei e deve ser gratuita. Algumas gotas de sangue são coletadas pelas laterais do calcanhar do bebê. Diagnostica seis doenças congênitas e metabólicas, como o hipotireoidismo congênito, fenilcetonúria e fibrose cística. Deve ser feito após 48 horas de vida e nunca antes de o bebê ter mamado. Há versões mais completas do teste, como o ampliado, que detecta 11 doenças, e o master, 16 doenças, entre elas a sífilis congênita. Ambos são pagos (até R$ 250) e cobertos pela maioria dos planos de saúde.
2 Teste do Olhinho: o exame é obrigatório para o SUS e planos de saúde. O teste do reflexo vermelho diagnostica doenças oculares graves logo nas primeiras 24 horas de vida, como a catarata congênita ou o tumor maligno chamado retinoblastoma, que podem causar a perda total da visão. Ambas têm cura se tratadas precocemente. Simples e indolor, o oftalmoscópio emite uma luz a 20cm de distância sobre a pupila do bebê e, quando essa luz atinge a retina, é possível ver um reflexo vermelho, que atesta que a saúde ocular está perfeita.
3 Teste do Coraçãozinho: detecta cardiopatias congênitas críticas que podem colocar em risco a vida do bebê. Em 2014, o Ministério da Saúde estipulou que seja obrigatório em todas as maternidades do SUS. Embora custe até R$ 40 em algumas maternidades privadas, a maioria dos planos de saúde cobre o procedimento. A oximetria de pulso, nome técnico do teste, deve ser feita após as primeiras 24 horas de vida do recém-nascido e é rápida e indolor. O pediatra posiciona sensores no pulso direito e no tornozelo esquerdo do bebê para medir a saturação de oxigênio no sangue. Se a taxa estiver abaixo de 95% ou houver uma diferença superior a 2% entre os membros examinados, o bebê pode ter uma doença cardíaca. Nesse caso, o teste é refeito após duas horas para confirmar o resultado.
4 Teste da Orelhinha: de acordo com a Academia Americana de Pediatria, de uma a três crianças em cada mil nascidas são diagnosticadas com deficiência auditiva. Obrigatório no Brasil desde 2010, o exame é realizado por um fonoaudiólogo. Para realizá-lo, o ideal é que o bebê esteja dormindo. Em seguida, fones nas orelhinhas verificam se os ouvidos médios respondem aos estímulos sonoros. É realizado durante as primeiras 48 horas de vida ou entre o segundo e terceiro mês do bebê.
Fontes: Rosângela Garbers, chefe da UTI neonatal da maternidade Nossa Senhora de Fátima e membro do Comitê de Neonatologia das maternidades Curitiba e Santa Brígida.