Seja de surpresa ou planejada, o anúncio de uma gravidez sempre assusta um pouco. A partir de agora, os pais precisarão tomar decisões todos os dias, que dizem respeito à saúde e à segurança do bebê durante as próximas décadas. Para isso, é preciso estudar. A começar pelo tipo de parto que a mãe deseja, passando pela amamentação, enxoval, chá de bebê, montagem do quarto, cuidados na casa e até mesmo quanto tempo durará a visita da família e amigos na maternidade.
Pense em sua preferência em relação ao parto. Procure saber mais sobre a amamentação.
Normal, cesárea, humanizado ou na água, pouca gente conhece todas as opções, mas isso é essencial para que a mãe se sinta confiante e confortável no momento de dar a luz. “A escolha da equipe que vai atender o parto é influenciada por essa decisão. Muitas vezes a mulher quer parto normal, mas quando ela conversa com o médico que a atende há anos, 98% dos partos dele são cesáreas. Essas escolhas são importantes para que ela se certifique desde o início, ou mesmo antes de conceber, que está nas mãos certas”, explica Cinthia Calsinski, enfermeira obstetra e consultora domiciliar.
Se está com dificuldades em encontrar o médico que atenda suas expectativas, confira o nome dos profissionais no aplicativo online Nascer Bem, desenvolvido pelos alunos de jornalismo da Universidade Positivo. Lá estão informações de quantos partos normais e cesáreas os médicos obstetras de Curitiba mais praticam, com base nos dados disponibilizados pelos planos de saúde e pelo SUS.
Durante a pesquisa sobre o nascimento, vale conhecer as maternidades e hospitais ou casas de parto da cidade. Muitas delas possuem dias de visita, que podem ou não ser agendados. “É um ponto muito importante para a mãe se sentir segura no local e escolher bem”, sugere Michelle Amorim, editora do blog Vida Materna, mãe da Melanie, cinco anos, e do Leonardo, de dois anos.
Amamentando o bebê
Amamentar não é tão fácil quanto as propagandas fazem parecer, e nem sempre o leite vem naturalmente. É preciso um conhecimento do próprio corpo, que muitas mulheres não têm. “As gestantes devem buscar informações de qualidade sobre essa etapa. A maternidade dos livros e dos comerciais de tevê não correspondem à vida real, que é tumultuada, caótica, com acertos e erros e muitos desafios, além das alegrias”, relata Michelle Amorim. Procure sites confiáveis, como os das entidades médicas e de notícias.
Top 6 do enxoval do bebê
Para evitar objetos que não serão usados no dia a dia, listamos seis itens imprescindíveis e seis totalmente dispensáveis do enxoval, com base nas dicas da Bárbara Volnei consultora de organização pessoal e Cinthia Calsinski, enfermeira obstetra e consultora domiciliar.
Bodys de manga curta e longa
Pelo menos seis unidades de cada, levando em conta a estação do ano em que o bebê vai nascer e usar mais.
Luvas e meias
Bebês usam muita meia no começo, e as luvas são indicadas principalmente se a cidade tem uma temperatura mais fria ou se o bebê nascer no outono/inverno.
Roupa de cama e banho
Toalhas e toalhas fraldas são muito importantes – e muito usadas – nos primeiros meses.
Babá eletrônica
Indicado principalmente para diminuir as preocupações dos pais, que podem deitar na própria cama e descansar, sem desprender a atenção do pequeno.
Carrinho de passeio
Muito usado fora, mas também dentro de casa nos primeiros meses.
Berço com regulagem de altura
Existem hoje no mercado modelos que mudam a altura e depois do primeiro ano, os pais conseguem abaixar, chegando a uma altura de cama normal. O modelo dura até 4 anos.
Aquecedor para lenços
Dispensável. Não há nada melhor para limpar o bebê do que algodão e água. O lenço umedecido pode ressecar a pele, predispondo a assaduras.
Fraldas da mesma marca
E se o bebê for alérgico ou não se adaptar àquele modelo? Diversifique modelos e tamanhos. O mesmo vale para produtos de higiene, óleos de massagem e cremes. Compre após o nascimento e em frascos pequenos.
Bomba extratora de leite
A mãe apenas usa uma bomba extratora se voltar a trabalhar antes de seis meses de amamentação exclusiva. Quanto mais se tira, mais se produz.
Lixos que envelopam a fralda
Lixeiras inteligentes que, quando a mãe joga a fralda, envelopa e tira o cheiro, são dispensáveis. O cocô de leite materno não tem cheiro.
Sapatos
Até um ano, a criança dificilmente anda. Sapatos emborrachados só serão necessários após esse período.
Vaporizador
Se o médico pediatra não recomendar, não é extremamente necessário.
Redução de custos
Para cortar gastos antes que o bebê chegue, pense no que é supérfluo em casa. Se a família tiver dois carros, que tal vender um? É preciso mesmo reformar a casa nesse período? Troque a viagem de férias em hotéis por um período em casa, ou visitando amigos e parentes.
Cursos de pais são uma boa opção para tirar dúvidas
Quando passar da 25ª semana de gestação, é hora buscar cursos para gestantes ou orientações com enfermeiras obstetras para os cuidados com o recém-nascido. Embora nada deixe os pais completamente preparados, procure ensaiar a troca de fraldas e os banhos com bonecos realistas, de preferência dentro do quarto e na casa, para ajudar a fortalecer a confiança.
Isso fará com que se perceba, inclusive, quando algum item importante está fora de lugar, como a cômoda, a banheira ou o trocador, dificultando a praticidade que o momento exige. “Tive clientes que eles mesmos perceberam, durante os ensaios, que o quarto estava lindo, mas que nada estava à mão, que não tinham o apoio que precisavam para trocar. Isso faz com que caia a ficha, e é mais importante do que um estranho dando palpite na decoração da casa”, explica a enfermeira obstetra Cinthia Calsinski.
Se precisar fazer alguma reforma ou mudança de residência, faça antes do sétimo mês de gestação. “Depois desse período, a mulher se cansará mais facilmente e é aconselhado não ter muitos períodos de estresse. Com o nascimento, a mudança de casa é ainda pior, porque são muitas adaptações necessárias. Avalie se é absolutamente necessária naquele momento”, alerta a Bárbara Volnei, consultora de organização pessoal.
Serviço | Em Curitiba, algumas maternidades oferecem os cursos para gestantes, como Nossa Senhora das Graças, Santa Cruz e Nossa Senhora de Fátima, Hospital Santa Brígida, Maternidade Curitiba, Maternidade Victor Ferreira do Amaral e a Cooperativa Unimed. Os cursos variam até R$ 250 o casal.
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