Adriene Werner, fone (41) 3082-8882 / Maria Tereza da Silva, fone (41) 4101-5119
Não suporto cigarro, mas meu vizinho insiste em fumar e a fumaça acaba invadindo o meu apartamento. Devo conversar com ele?
Adriane: Sim, sem dúvida. Mas, de preferência, começando essa conversa com delicadeza e educação, em vez de partir para agressão verbal. Sempre há uma forma mais amena – e de melhores resultados – para levar a cabo uma reclamação.
Tetê: Sim, mas não sem antes ter certeza de que não há outra solução, afinal ele está na casa dele. Pergunte educadamente, se ele não pode fumar em um cômodo da casa onde a fumaça não venha para a sua. Bom senso é dever de todos.
Sou fumante, mas minha namorada não. Quando a lei de tolerância zero entrar em vigor, terei de deixá-la na mesa do restaurante sozinha para poder fumar lá fora.
Adriane: Mas como você procedia em relação a isso antes da proibição? Fumava na mesa do restaurante, incomodando a namorada e eventualmente os vizinhos de mesa? Acredito, sinceramente, que esperar um pouco mais para acender o cigarro não seja um sofrimento tão grande. Portanto, a dica é que o fumante contenha um pouco a vontade e espere até terminar o jantar e poder ir fumar lá fora…
Tetê: Bom, se não dá para ficar sem fumar durante um jantar que dura de 1 a 2 horas e não se pode fumar em ambientes fechados, você vai ter que deixá-la sim.
Quando a lei entrar em vigor e chegar num local fechado e encontrar um fumante, como devo agir?
Adriane: Na verdade, os primeiros fiscais serão os garçons, porque eles são os maiores prejudicados. Mas, se mesmo assim você estiver em um restaurante em que alguém esteja fumando, deve primeiramente chamar o garçom e pedir que ele faça a intervenção junto ao fumante. Se for outro tipo de ambiente, em que você não possa pedir a alguém da empresa que reclame, deve fazê-lo você mesmo – e se for possível, de forma delicada e discreta.
Tetê: Veja se há alguém responsável pelo recinto e dirija-se a ele.
Vou dar uma festa e, agora, os antitabagistas estão bem menos tolerantes. Como devo proceder para não melindrar o encontro entre quem fuma e quem não fuma?
Adriane: A rigor, será proibido também fumar dentro de sua casa ou no salão onde for feita a festa. Portanto, perante a lei, os antitabagistas terão a razão. Mas, para evitar constrangimentos, o ideal é deixar bem claro que o espaço para os fumantes é lá fora – e deixar realmente um espaço destinado a eles.
Tetê: O que as pessoas que não fumam devem entender é que tabagismo é um vício e, como tal, não desaparece da noite para o dia. Os fumantes sabem que seus espaços estão cada vez mais restritos. Então, na sua festa, reserve um espaço, dentro do que for possível, para os fumantes. São seus amigos, vão entender.
É educado pedir para que uma carona não fume no nosso carro ou que uma visita não fume na nossa sala?
Adriane: É perfeitamente normal e educado. Na verdade, o visitante é que será mal educado se fumar sem perguntar a você. A etiqueta aqui, deve ser orientada para o fumante: antes de acender o cigarro dentro da casa ou do carro de um amigo, deve-se perguntar antes se ele se incomoda. Mas o melhor mesmo é sempre procurar ambientes externos.
Tetê: Sim, peça por favor que não fume.
Um parente idoso e fumante veio me visitar. Ele é do tempo em que fumar era chique. Como devo agir com ele?
Adriane: Com toda a delicadeza, deve pedir a ele que fume nos ambientes externos. Vale convidar para dar uma volta lá fora ou até mesmo uma desculpa inocente, como alegar uma alergia.
Tetê: Tente pedir que não fume ou use a diplomacia. Convide para um passeio e diga que este é o momento para “aquela pitadinha”. Se nada disso funcionar, use a mesma desculpa que ele. Que chique agora é NÃO fumar!
Sou fumante, mas acho um exagero essa onda antitabagista. Como devo agir para não me estressar?
Adriane: Deve ser um fumante consciente. Há situações em que é possível agir com educação e até mesmo reagir com bom humor à moda antitabagista. Se você falar uma frase de efeito, uma tirada bem humorada e espirituosa, e sair pra fumar, vai ser bem visto pelo grupo, como uma pessoa educada e não carrancuda…
Tetê: Olha, esse é um caminho sem volta. Claro que agora está tudo muito efervescente, como aconteceu com a lei seca. Vão fiscalizar e criticar quem não se adapta. A única solução que vejo para o momento é você tentar seguir as regras. Para os não fumantes, cuidado para não se exacerbar nos protestos, causando mais constrangimentos que o necessário. O tempo vai ser o nosso grande aliado. Os fumantes vão entender que isso é para o bem deles e principalmente o nosso, que não fumamos.
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