Diferentes cidades do país, como São Paulo (SP), Rio Preto (SP), Goiânia (GO) e alguns municípios mineiros vêm registrando aumento substancial no número de casos de caxumba. A Secretaria Municipal de Saúde da capital paulista, por exemplo, divulgou que, somente neste ano, os casos da doença aumentaram em 500%. Apesar do alerta, Curitiba está, por enquanto, livre do surto. “Estamos tratando apenas casos isolados”, diz a médica infectologista da Clínica Cardio & Saúde e do Hospital Nossa Senhora das Graças (HNSG), Maria Inez Domingues Kuchiki.
A caxumba é uma infecção viral que afeta as glândulas salivares – as parótidas. O frio, somado à falta de circulação de ar em ambientes fechados e aglomerados, facilita a disseminação do vírus, que tem preferência pelo público infantil. “Ele é transmitido, como outras viroses respiratórias, através da tosse, espirro e mãos. Fazer o ar circular e ter uma rotina de higienização e cuidados é essencial”, alerta Maria Inez. A pessoa infectada é capaz de transmitir o vírus no intervalo que vai de três dias antes a dez dias depois da manifestação dos sintomas.
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Sintomas e prevenção
A doença se caracteriza por dor e inchaço no ângulo da mandíbula (logo abaixo do lóbulo da orelha), mal estar geral e febre. Por não haver um remédio específico para a caxumba, o tratamento é apenas sintomático. “Em casos de suspeita o médico pede a sorologia da caxumba. A inflamação das parótidas, chamada de paroditite, pode ser causada também por outros vírus, daí a importância do diagnóstico correto”, explica a infectologista. Apesar de dolorida e incômoda, a doença não costuma apresentar complicações ou evoluir para casos mais graves.
A vacina contra a caxumba é a maneira mais fácil de prevenção. Ela está prevista no calendário básico vacinal do Ministério da Saúde em duas doses. A primeira deve ser dada à criança de 1 ano. A segunda, três meses mais tarde.
Em casos de surtos, as secretarias municipais de saúde daquele estado ou município preconizam um reforço vacinal para todas as faixas etárias, também em duas doses (com um intervalo de apenas 30 dias entre elas), para alcançar a taxa máxima de eficácia.
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