Associar exercícios aeróbicos, como caminhadas e corridas, com exercícios de esforço resistido, como a musculação, é fundamental na reabilitação da pessoa que passou por um enfarte. Essa foi apenas uma das conclusões do 1º Papo Saúde do Viver Bem, da Gazeta do Povo, que teve como tema a vida depois do enfarte.
Na noite desta quarta-feira (29), os médicos cardiologistas Marcelo Bichels Leitão, presidente eleito da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e Esporte, e Tiago Magalhães, professor da PUCPR, e que trabalha na X-Leme, no Hospital do Coração e no Sírio Libanês, em São Paulo, conversaram com leitores da Gazeta do Povo sobre quais exercícios físicos são mais indicados para o enfartado, os principais sintomas da doença, tratamentos, mudanças de hábitos, entre outros detalhes importantes.
Para quem passou por um evento cardiovascular como o enfarte, começar uma rotina de exercícios físicos pode não parecer prioridade, mas é! Tanto que, em muitos casos, a recomendação é que a atividade física se inicie logo no dia seguinte, de acordo com Marcelo Leitão.
2h a 3h de exercícios físicos, por semana, é a recomendação dos especialistas para pacientes depois do enfarte.
Mudanças drásticas
Além da alimentação e dos exercícios físicos, pessoas que passaram por um enfarte e eram fumantes precisam de uma mudança drástica no estilo de vida. Parar de fumar é fundamental para reduzir os riscos do enfarte ocorrer novamente. “Na alimentação, a pessoa até pode, eventualmente, comer algo fora da dieta. Mas, nós sabemos que um cigarro nunca é apenas um cigarro, ele acaba puxando o vício todo. Os benefícios que a vida sem o cigarro oferece aos pacientes é muito maior, e por isso que a gente incentiva bastante para que eles larguem o cigarro”, explica Magalhães.
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