Falamos que a moda está fora de moda. Sigo hoje com a dissertação prometida sobre isso. Que modismos cansam, isso cansa. Nunca se falou tanto a respeito. Nunca tantos investiram nesse campo outrora até meio maldito, e começaram a ditar suas modas. Democracia geral no assunto. Como deveria ser. Ao tentar escapar dos modismos, os amantes da história da moda (inclusive eu) querem delinear mais caminhos. Cansaram das mesmas fórmulas, das mesmas cores, dos shapes reproduzidos a granel pelas ambiciosas mãos controladoras dos chineses. O made in France é made in China. O made in Italy também. Tudo é feito em massa. Por aqui, a tentativa de mostrar algo fora dessa asfixia. Os próximos passos. Para onde vamos, depois que a saia a vácuo e a pata-de-elefante saírem do agrado mais do que popular. A moda cansa. A moda se esgota. A moda enquanto modismo vai à falência para então renascer em uma nova batida, outra frequência, outra percepção do vestir. Outras sensações ao vê-la surgir. Um pouco dessa sinfonia que já ecoa em alguns pontos do planeta… Som? Velvet Underground, “Run, run, run”. Beijo enorme.
COOL – Uma calça, uma camisa, uma cara lavada.
CAFONA – Um brinco fora de hora, um comprimento desmedido, uma postagem com os dizeres “sorry, periferia!”.
CHIC – Peças artesanais misturadas a bons básicos.
Simplesmente linda
Pode continuar no espelhado, pode continuar na corrente, mas dá um up no seu astral com um ar de quem não liga para a moda e segue em frente. O vermelho é mais. Sempre será. Eternamente clássico, principalmente se for um blazer. Aplique.
As novas ciganas
Mulheres nômades. Mulheres livres. Mulheres arrumadas, sem ser demais. O cuidado é visível. Cansativo, nunca. Recue algumas casas para avançar muitas.
Revisitando a marinheira
Um simples toque. Um olhar aos bons tempos dos marinheiros como ícones do desejo feminino e pronto! Refaz-se a esperança em uma moda mais personalizada.
Fotos: Ana Clara Garmendia
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