Mascote Fit

Animal

A farmacinha dos cães e gatos

Vitor Geron, especial para a Gazeta
03/07/2010 03:15
Uma das colaboradoras, a professora da Escola de Veterinária da Universidade Federal de Minas Gerais Adriane Pimenta Val Bi­­calho, lembra que a obra funciona como uma referência e não um guia médico. Ela destaca que tratar de animais é muito delicado e todos os procedimentos devem estar de acordo com as orientações de um médico veterinário.
Para Leonardo Stelle, médico do Hospital Veterinário São Bernardo, em Curitiba, é importante lembrar que felinos não são iguais a cachorros e ambos diferentes de pessoas. “Existe uma série de remédios de uso humano que não são indicados para os animais, como a aspirina”, lembra. Para Adriane, nenhum medicamento de uso humano é receitado sem a prescrição médica. O veterinário Bruno Tammenhain, do Garra Hospital Veterinário, ressalta que um remédio como o Cata­flam, pode causar úlceras gástricas em animais.
Segundo Adriana, os itens mais importantes são os que envolvem curativos e limpeza dos ferimentos. “O soro fisiológico e os materiais que ajudam a limpar o ferimento são essenciais, já que fazer um curativo sem higienizar adequadamente o local da lesão pode piorar o quadro”, destaca. Stelle acredita que o ideal é que um veterinário faça os curativos, cabendo ao dono do animal apenas estancar o sangue.
No caso de medicamentos de via oral, a dosagem e situações em que ele deve ser usado precisam estar muito bem definidas com o veterinário. “Os anti-histamínicos, por exemplo, são recomendados para cães que sofrem com problemas de pele. Mas só um profissional pode indicar como e quando usá-los adequadamente”, diz Tammenhain.
Para os veterinários, o mel é outro item importante para os casos em que o animal sofre com o choque hipovolêmico (perda excessiva de sangue). “Nesses casos mais graves, como em um atropelamento, a recomendação é manter o cão ou gato aquecido e dar o mel puro para aumentar o índice de glicemia”, conta Adriana.