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Animal

Escovação diária é a melhor maneira de se prevenir o desagradável bafo do pet

Willian Bressan
18/12/2015 22:00
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Rodrigo Sóppa/Gazeta do Povo

Eles chegam cheios de amor e carinho, dão aquela lambida e pronto: vem aquele mau cheiro (o famoso “bafo”) direto da boca do pet. É aí que o alerta se acende. O mau hálito é o primeiro sinal de que algo vai errado com a boca do animal. Assim como nos humanos, pode indicar presença de bactérias e tártaro. Foi assim que a aposentada Márcia Ferraz, 51 anos, descobriu que suas gatinhas estavam com tártaro nos dentes. “Fiquei preocupada com o diagnóstico, pois se não for tratada, pode evoluir para outras doenças. E o dono, por mais que cuide, às vezes não percebe os sinais ou acaba confundindo”, conta a dona dos felinos, que também tem na família Brenda, a cocker spaniel inglês vencedora do concurso Cachorro do Ano 2006 da Gazeta do Povo.
E se os humanos vão ao dentista no primeiro sinal de que algo está errado com a boca, o mesmo caminho deve ser seguido pelos donos de pets. Existem , inclusive, profissionais especializados em odontologia canina, uma vez que o tártaro em pets é mais comum do que parece. “Esse problema atinge oito entre dez animais e pode causar mau hálito, perda de dentes e dor. E pode contribuir para outras doenças, afetando órgãos vitais e prejudicando a qualidade de vida dos bichos”, alerta a médica veterinária Maria Izabel Ribas, da Odonto Cão.
Prevenção
A melhor forma de prevenir o mau cheiro e também o aparecimento de bactérias e tártaros é a escovação dental diária. Além disto, pode-se oferecer ao animalzinho tiras enzimáticas para serem mastigadas, mordedores, brinquedos de couro e acrescentar aditivos na água, que ajudam a controlar a placa bacteriana. Alimento seco é comprovadamente mais interessante para a saúde bucal do que o alimento úmido. “Se o cão for jovem e apresentar somente halitose (bafo com uma película levemente amarelada e pegajosa) recomenda-se a limpeza diária com escovas próprias e pastas especialmente formuladas para animais”, orienta a professora Antonia Maria Binder do Prado, do curso de Medicina Veterinária da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR).
Todos os animais a partir de 1 ano devem ter seus dentes raspados, polidos e tratados, anualmente, para prevenir danos irreversíveis e perda da aderência dos tecidos periodontais. “Uma vez que a doença esteja instalada é necessário realizar o tratamento periodontal para remover toda a placa bacteriana e o cálculo dental existente, visto que este não pode ser removido apenas com as medidas profiláticas comuns”, alerta Antonia.
O tratamento normalmente envolve limpeza em consultórios especializados e acompanhamento por um certo período. Os valores em média giram a partir de R$ 700 (limpeza dentária sob anestesia).
A melhor forma de prevenção é a escovação dental diária.
A melhor forma de prevenção é a escovação dental diária.