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Bem equipado e com o apoio de cirurgiões, anestesistas e assistentes, o veículo irá, no fim deste mês, começar a transitar por comunidades carentes, fazendo exames, castração e a identificação dos animais.
Como funciona?
O ônibus faz uma primeira visita, para elencar e examinar os animais que devem passar pelo procedimento. Em outro momento, estacionado no bairro, o ônibus vai receber moradores que queiram castrar seus animais. Após a participação do dono em atividades educativas sobre guarda responsável, o bicho é encaminhado a uma avaliação clínica e, depois, à castração. “O bichinho é depilado, recebe doses de anestésicos e anti-inflamatórios e vai para a mesa de cirurgia”, diz um dos coordenadores do projeto, Rogério Robes, médico veterinário e professor do curso de Medicina Veterinária da UFPR. O procedimento dura, em média, 15 minutos para cães machos, 30 em fêmeas e 5 minutos para gatos e 20 em gatas.
A iniciativa, uma parceria da Prefeitura de Curitiba com a UFPR, foi aplicada primeiramente em cães abandonados no Campus Politécnico. O projeto, uma extensão para estudantes de Medicina Veterinária da universidade, foi apresentado em maio à Secretaria de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde, e terá seus resultados monitorados pela entidade. “O castramóvel é principalmente uma iniciativa de educação e conscientização sobre guarda responsável”, diz um dos coordenadores, o professor da área de zoonoses da UFPR, Alexander Biondo.
Itinerário
O próximo passo é chegar a comunidades carentes de Curitiba, para castrar cães e gatos semidomiciliados – que ficam boa parte do dia nas ruas – e conscientizar os donos. “Se todos colaborarem e entenderem que é preciso cuidar dos bichos, em dez anos o número de animais abandonados vai diminuir”, afirma Marcos Traad, coordenador da Rede de Defesa e Proteção Animal, da prefeitura de Curitiba.
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