Embora seja uma grande brincadeira, a atração americana, que passou a ganhar atenção mundial com a internet, serve para questionar o estereótipo do belo. Uma das linhagens que mais abocanha prêmios no evento é o crista chinês, caracterizado por não ter uma pelagem uniforme e por perder os dentes, graças a uma falha genética.
Quem tem um exemplar da raça garante que eles são ótimos animais de estimação. É o caso do corretor de imóveis Claudio Garcia, que tem sete cães desses em casa, em Curitiba. Para ele, dizer que esses pets são feios é praticamente impossível. Ainda mais depois que a fêmea teve três filhotes no início de setembro. “Eles são lindos”, insiste.
Além de dóceis, os cristachineses também são antialérgicos. Cada exemplar pode custar até R$ 4 mil. Em sua matilha, Garcia gastou quase R$ 10 mil, o que compensa vendendo os filhotes para outros donos.
Avaliação
Um dos critérios para determinar quais são os cães mais feios usados pelos organizadores do evento são as medidas ideais da raça. “Cada cachorro tem um padrão internacional estabelecido pelas dimensões do corpo, avaliados nos concursos de beleza”, explica Ricardo Simões, juiz que fez parte de comitês de exposições de cachorros nos cinco continentes. Se o cão foge muito desse padrão, ele acaba sendo considerado feio. “É claro que a falta de pelo, dente e a aparência diferente ajudam nessa percepção de feiura pelas pessoas”, afirma Simões. Para os donos, no entanto, isso é intriga da oposição e seus cães sempre serão belos.
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