A estudante Amanda Pulita Giacomet, 20 anos, deixou a casa onde morava, em Jaguariaíva, no Paraná, para estudar em Curitiba. Lá, Amanda tinha oito cães que não puderam ser trazidos para a capital porque ela foi morar em apartamento. Há dois anos, ela decidiu que queria também um companheiro por aqui, já que os outros só encontrava quando ia para a cidade natal.
O apartamento em que a estudante mora é grande e bem espaçoso. Ela conta que sua cachorra, a Lunita, não late muito e que passeia todos os dias durante uma hora perto das ruas de casa. “É uma raça bem higiênica. Não faz nem xixi nem coco dentro do apartamento”, diz.
A pesquisa e escolha de Amanda deu certo e tanto ela quanto Lunita estão felizes. Mas nem todos tomam os mesmos cuidados na hora de escolher um cachorro. Segundo o coordenador do curso de Zootecnia da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), Paulo Parreira, um dos grandes enganos que as famílias cometem é comprar um cachorro porque o filho pequeno quer. “Não é ele quem vai cuidar e, dependendo do comportamento do cão, se ele não for muito ativo, a criança cansa rápido. Para que ela realmente cuide é necessário que perceba que os pais fazem isso. Por isso são eles que devem optar por uma raça que combina com seu estilo de vida”, explica.
Outro fator é a tolerância do animal às brincadeiras das crianças. O cachorro deve ser calmo e brincalhão para que não ocorra acidentes. De acordo com o superintendente da Federação de Cinofilia do Estado de São Paulo (Fecesp), Joaquim Alexandre Inácio, alguns exemplos adequados são o beagle, que é brincalhão, enérgico e tolerante, o golden retriever ou labrador, que são dóceis e pacientes ou o pug, que também é paciente, mas muito frágil e não deve conviver com crianças mais afobadas ou agressivas.
Fora do padrão
Mesmo que existam diferenças entre as raças, o dono não pode esquecer que a educação também influencia no comportamento de cada cão. Por isso nem sempre o que funciona para um, serve para todos. Mas, segundo Parreira, em geral eles seguem um padrão.
Para os que não podem ser encaixados em algum grupo, os sem raça definida (SRD), é difícil prever como eles serão na vida adulta. O que pode ajudar é conhecer os pais. De acordo com a gerente do Centro de Controle de Zoonoses de São Paulo (CCZSP), Ana Cláudia Furlan, são eles as maiores vítimas de abandono. Por isso, o dono precisa pensar bem e investigar o máximo que conseguir para tentar prever tamanho e comportamento. O ideal é escolher um SRD quando ele já está adulto e não vai mais mudar de tamanho.
Serviço
Os cães das fotos são do canil Dikas Dog. Para visitar o local é necessário entrar em contato pelo (41) 3327-5662 ou (41) 8455-1580. Eles também podem ser vistos pelo www.dikasdog.com.br
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