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Pets podem desenvolver depressão; fique atento ao sinais

Rodrigo Batista, especial para a Gazeta do Povo
06/02/2018 17:00
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Entre os fatores que podem desencadear a depressão estão os biológicos e também quando o animal sofre alguma perda. Foto: Pixabay.

Assim como as pessoas podem entrar em estado de apatia, tristeza, desânimo, que leva a depressão por diversas causas, os animais de estimação também podem desenvolver quadros depressivos. Em alguns casos, a idade avançada dos pets pode levar a sintomas semelhantes aos da depressão. Nesses casos, tratamentos com medicamentos são recomendados.
Segundo o secretário-geral do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Paraná (CRMV-PR), o médico veterinário Leonardo Nápoli, o quadro de apatia de animais de estimação é análogo ao que acontece com as pessoas. “Podemos observar questões como a dor, ansiedade, relacionamento com o tutor, até mesmo condições hormonais e bioquímicas que mudam por causa da depressão”, explica, sobre as causas da doença em animais. A perda de pessoas próximas ou de outros animais que conviviam com o pet podem também desencadear esse estado de saúde.
Animais idosos podem desenvolver quadro comportamental depressivo. Foto: Pixabay.
Animais idosos podem desenvolver quadro comportamental depressivo. Foto: Pixabay.

Comum em animais idosos

Em animais de estimação mais velhos, já na fase idosa da vida, esse tipo de estado de saúde é mais comum, conforme explica o médico veterinário. E um comportamento do próprio tutor facilita para que os animais sejam cada vez mais percebidos e diagnosticados com essa doença.
“O que acontece é que estamos cada vez mais observando uma longevidade dos animais. E nós estamos cada vez mais próximos e atentos a eles, sempre com eles dentro do apartamento ou dentro de casa. Isso nos faz observá-los mais, assim como suas mudanças de comportamento”, afirma.
Animais que se afastam dos donos podem estar com depressão. Foto: Pixabay.
Animais que se afastam dos donos podem estar com depressão. Foto: Pixabay.

Fique sempre alerta

Segundo o especialista, a melhor maneira de evitar que o quadro de depressão se desenvolva é o diagnóstico precoce. Para que isso aconteça, os tutores devem ficar atentos aos sinais que indicam mudanças de comportamento no animal.
Além da apatia e ansiedade, comuns tanto quanto nas pessoas depressivas, quando os pets apresentam um comportamento depressivo podem se afastar do proprietário e de outros animais com os quais eles convivem. Podem se recolher a locais mais reservados, por exemplo. Outro indício é a perda de apetite.
“Qualquer alteração no comportamento deve ser observada para que seja feito o diagnóstico de uma possível causa, que é tratada na maior parte dos casos. Se for uma questão de comportamento ou neurológica, há medicação neste sentido”, explica o secretário-geral do CRMV-PR. Caso o animal esteja mais idoso, segundo o médico, é melhor que a rotina de consultas seja maior para que diagnósticos sejam mais precisos.
Em caso de necessidade de tratamento, explica o médico, a rotina de consultas e medicamentos para o animal deve ser bem observada pelo tutor. “Quando for necessário o uso de algum medicamento, é fundamental a adequação da dosagem, se a medicação está de fato melhorando o estado de saúde do animal”, afirma.
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