Acreditar que apenas fazer festinha ao chegar em casa e um carinho de vez em quando são suficientes para garantir harmonia na convivência com um cão é pura ilusão. Regina Rheingantz Motta, autora do livro Bom pra Cachorro! Qualidade de Vida para seu Cão (R$ 30)– lançado recentemente pela Editora Gente –, e médica veterinária do consultório Homeopatia para Animais, em São Paulo, afirma que percebe em sua clínica um aumento significativo de casos de sedentarismo. “As pessoas não saem com seu cachorro para ele não pegar pulga, por exemplo. Por razões como essa, atendo uma grande quantidade de cães com cardiopatia, diabete e obesidade.”
O cão mais comportado é aquele que gasta bastante energia, explica a médica veterinária Fernanda Lesnau, especialista em nutrição de cães e gatos, além de proprietária e adestradora da Fevet Educação e Saúde Animal, em Curitiba. “Se não realizar nenhum tipo de atividade física, a energia será toda direcionada à destruição de móveis e objetos, causando um estresse em família.” Cerca de 30 minutos de atividades por dia são suficientes. As brincadeiras dentro de casa são um ótimo começo. Na rua, eles podem iniciar com uma simples caminhada, que pode evoluir para corrida. Outras atividades recomendadas são natação, musculação (em esteira), frisbee (discos de plástico para brincar) e agility (esporte com regras baseadas no hipismo, praticado por duplas compostas de um cão e seu condutor).
O tipo e a quantidade exata de atividade física serão definidos pelo médico veterinário, considerando alguns fatores, como raça, tamanho, idade, estado de saúde e condicionamento físico. “Antes do primeiro ano de vida não é recomendado o exercício intenso. Os treinos devem ser curtos, no máximo de dez minutos, e sem impacto. Cães idosos também precisam de exercícios, mas moderados”, diz Fernanda.
Colunistas
Agenda
Animal





