Rex era um vira-lata com cara de mau, daqueles que parecem que vão morder todo mundo. Mas era carinhoso e companheiro. Foi encontrado na rua quando tinha cerca de dois anos de idade. “Ninguém chegava perto porque tinha medo, mas ficamos com pena e minha mãe começou a dar comida a ele. Em um mês ele estava morando com a gente. Ficou por 14 anos”, conta Vivian.
Marrom rajado, Rex era louco por biscoitos. “Mas não desses de cachorro. Gostava de bolacha recheada.” Era bom de garfo, ou melhor, de tigela. Comia tudo que ia para o potinho.
A família tinha ainda dois gatos e duas cachorras. Mas Rex não se misturava. Ficava no seu quarto nos fundos da casa. Lá ele tinha um colchão de casal e um banheiro exclusivo. Gostava mesmo é de ficar por perto das pessoas da casa. Foi assim até o dia em que, devido à idade avançada, sofreu um derrame. Metade do corpo ficou paralisado e Rex foi perdendo a vivacidade, ficando ranzinza e na metade do mês de fevereiro ele foi internado.
Foi aí que surgiu o dilema: deixá-lo partir e acabar com o sofrimento ou segurá-lo mais um pouco, mesmo sabendo que sentia muita dor. “Foi uma decisão muito difícil para nós, mas preferimos fazer com que ele não sofresse mais”, diz Vivian.
No fim de fevereiro Rex foi sacrificado. Para toda a família foi muito doloroso pensar que chegariam em casa e ele não estaria mais lá esperando para ganhar biscoitos. “Sentimos muita falta dele. Não há como esquecê-lo ou substitui-lo em nossos corações”, diz.
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