A história chega à beira do incrível. Depois de cinco anos de namoro, em outubro do ano passado, Carolina e o então namorado, o bancário Leandro Rinaldin, decidiram planejar o casamento e comprar sua casa própria. Os preparativos iam bem até que, em abril deste ano, os dois noivaram e, como ganharam muitos presentes, decidiram aproveitar para mobiliar seu sobrado. “Eu, ele e a Belinha passamos o domingo, dia 18, arrumando a casa. Como terminamos tarde, dormimos lá e, na segunda, saímos para trabalhar pela manhã. Deixei a Belinha me esperando, pois no fim do dia voltaria para buscá-la, mas esse momento nunca mais vai chegar”, conta.
No trabalho, Carolina recebeu uma ligação da vizinha dizendo que a casa tinha sido assaltada. “Na hora senti que tinha perdido a Belinha. Nem pensei nos móveis e presentes, só conseguia pensar nela.”
Até hoje ela não sabe o que aconteceu com a cachorrinha. Após várias semanas de procura, incluindo distribuição de cartazes pelo bairro, Carolina diz que mantém a esperança de encontrá-la. “Em dias de chuva, fico pensando se ela está na rua, se está se alimentando direito e se está doente. Só espero que alguém a tenha encontrado e que cuide dela com carinho.”
Carolina sempre foi resistente a ter cães e preferia os felinos, mas seu noivo deu a Belinha de presente no Dia dos Namorados do ano passado. “Foi amor à primeira vista e desde então a gente não se desgrudou”, lembra.
A relação se tornou tão especial que até a escolha do sobrado teve influência da cachorrinha. “Quis que a casa tivesse um espaço com grama para que ela pudesse correr e brincar. Agora, o imóvel está à venda. Não temos como morar lá. Tudo lembra aquele dia horrível.”
Além do sumiço de Belinha, o acontecimento rendeu outro problema ao casal. “Perdemos tudo com o roubo, inclusive roupas e objetos pessoais. Tudo o que construímos, ruiu. Tentamos juntar os cacos e vamos casar assim que conseguirmos nos restabelecer.”
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