Mascote Fit

Animal

O preço de um ataque

Adriano Justino
01/05/2010 03:15
No outro dia pela manhã, o cãozinho foi levado a uma clínica, a Cli­­ni­­vet, onde foi atendido pelo médico veterinário Luiz Antônio Sche­nato Jr., que constatou a laceração da musculatura do cãozinho, a inflamação do local ferido e muita dor ao toque. “A mordida de cão é um ferimento muito contaminado, porque a boca tem inúmeras bactérias. As suturas só são indicadas em lesões muito grandes”, diz o médico. No caso do Toby, se a lesão for fechada começam a se formar abscessos, por isso ela tem que ser tratada como ferida aberta, fazendo limpeza rotineira e uso de antibiótico sistêmico para combater a contaminação. Na mordida, o que se vê na pele, a perfuração, é apenas a ponta do iceberg, a mordida severa lacera a musculatura por baixo da pele porque normalmente o braço ou região atacada é presa enquanto o cão chacoalha a cabeça. “Às vezes se vê um furo pequeno, mas a musculatura está toda lacerada”, diz o médico veterinário. O tempo de tratamento varia com o grau da lesão, mas pode durar até 60 dias de­­pendendo do caso. “Dez dias é o mínimo em casos de mordida.”
O tratamento de Toby foi feito com a retirada dos pelos, a limpeza das lesões com soro fisiológico e antissépticos e a avaliação do grau de lesões. “Depois entramos com o analgésico, anti-inflamatório e antibiótico. Curativos são trocados duas vezes ao dia, feitos pelos próprios donos”, diz ele.
Depois do susto, o professor de educação física cobra agora do proprietário do rottweiler os custos do tratamento do bichinho atacado. Segundo a lei 7.389, de 1992, os proprietários são inteiramente responsáveis pelos atos danosos cometidos pelos animais e podem ser punidos por isto.