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Os pombos-correio ainda existem!

Rafaella Coury, especial para a Gazeta do Povo
10/08/2014 03:14
Praças, árvores, telhados. Seja esperando uma migalha cair ou ciscando por aí, os pombos fazem parte da paisagem de toda grande cidade. O que poucas pessoas sabem é que existem mais de 300 raças de pombos, e que muitas delas são veneradas em muitos países. Uma delas é o pombo-correio, que teve sua importância como mensageiro durante anos – e hoje é encarado como um hobby exótico.
No Brasil, a criação de pombos-correio (columbofilia) ainda é tímida, principalmente em Curitiba. O presidente da Sociedade Columbófila do Paraná, Divonzir Bozza, começou sua criação com 18 anos e, hoje, aos 50, tem 60 aves. Corretor de seguros, ele cria pombos como hobby e organiza todos os eventos da Sociedade. “Temos um calendário anual de corridas para unir os associados e divulgar o esporte”, conta.
O pombo-correio difere-se das outras raças pelo corpo adaptado para voar longas distâncias, ser mais resistente e facilmente domesticado. Sua principal característica é o apego ao local de criação: os pombos-correio são criados em pombais e, quando soltos, sempre voltam para “casa”. Na Roma Antiga, por exemplo, eles eram mantidos em um pombal central e, quando adultos, conduzidos em pombais móveis. Para mandar uma mensagem, bastava prendê-la na pata da ave e soltá-la, que ela voaria o mais rápido possível para o local de origem. Hoje as competições e treinos são feitos da mesma forma: os pombos são soltos em outra cidade e retornam para casa. Os participantes são responsáveis por marcar a hora de chegada que, quando comparada com a das outras aves, determina o vencedor. O prêmio é simbólico, já que os gastos com a corrida são grandes, e não há lucro ou patrocínio envolvidos.
A Sociedade Columbófila do Paraná foi criada em 2001, e é filiada à Federação Brasileira de Columbofilia. “Quando um associado quer começar a criação, nós emprestamos um casal reprodutor e ele cria seus pombos desde filhotes”, explica Divonzir. Após o nascimento de algumas aves, os reprodutores são soltos e voltam para o pombal anterior. É por meio da entidade que os pombos são registrados e recebem a anilha de identificação fabricada na Bélgica e distribuída para todo o Brasil.
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