Mas será que veríamos esse bicho com os mesmos olhos, se soubesse que se trata de um rato? Isso, aquele animalzinho capaz de roer quase tudo o que vê pela frente, que habita os esgotos e transmite várias doenças?
É incrível imaginar, mas os ratos realmente são animais de extremos. Podem ser perigosos à saúde – por transmitir diversas zoonoses – ou ser ótimos bichinhos de estimação. Segundo o médico veterinário Eurico Eloi Ferreira Junior, tudo que você precisa para ter um rato como pet é uma jaula com substrato (lascas de madeira), água e ração.
Em geral, os ratos são malvistos pela sociedade pelo grande número de doenças que podem transmitir ao homem como leptospirose, salmonelose, tifo murino e peste bubônica. Na Idade Média esse bichinho foi responsável por um dos maiores flagelos da humanidade a peste bubônica ou peste negra que dizimou quase um quinto da população da Europa.
Além de todas essas doenças, um pouco da má-fama dos ratos vem do simples fato de habitarem os esgotos. “Ninguém gosta de esgoto. É um submundo, sujo, onde são lançados dejetos humanos. Para os homens, lá existe só o que não presta mais”, diz Eurico.
Mesmo assim, o médico veterinário explica que ter um rato de estimação em casa é possível, desde que se escolha um animal que venha de fonte segura e que não esteja contaminado por nenhuma dessas doenças. O mais recomendado é ir buscá-lo em um pet shop que trabalhe com animais exóticos ou selvagens. Existem várias espécies de ratos, mas o indicado para a domesticação é o rato de laboratório (Wistar).
Agora é importante lembrar que rato não é hamster. Esses animais são muito parecidos por serem roedores. São da mesma família, mas bem diferentes entre si. “Os ratos são primos dos hamsters. Tem características semelhantes, mas são animais diferentes”, alerta o veterinário.
