Dona Marli é enfermeira da Aeronáutica e foi colega de trabalho no Cindacta II do médico Raphael Rodrigues de Lima. Impressionada com a natureza calma e generosa do rapaz, ela brincava: “você tem que casar com a minha filha”. O comentário só podia ser mesmo uma brincadeira entre colegas porque Raphael era noivo e Catarina Voidelo Bueno, a filha dela, estava de mudança para o Mato Grosso. Os dois chegaram a se ver no corredor do Cindacta II e dona Marli não resistiu: “Formam um lindo casal!”. “Quis morrer de vergonha”, conta Catarina.
O médico adicionou Catarina no seu Facebook, mas não chegaram a trocar palavra alguma. Aprovada em concurso do Tribunal Regional do Trabalho, ela foi trabalhar em Cuiabá. Meses depois, estudando para fazer outro concurso, ela postou – em pleno carnaval – uma foto dos livros. Raphael fez um comentário: “Estou na mesma”. Ele estava se preparando para a residência médica. A conversa que se seguiu fluiu solta e despretensiosa. Raphael havia terminado o noivado, mas havia 1,3 mil quilômetros entre eles. Um mês depois, ela veio passar as férias em Curitiba e os dois combinaram de tomar um sorvete. Acabaram se vendo todos os dias e na hora de voltar para Cuiabá, Catarina deu “uma intimada”: “E agora, somos namorados?” Sim, para Raphael eles eram namorados e valia a pena enfrentar o relacionamento à distância, via Skype e mensagens de celular.
Depois de um ano, Catarina sentiu que havia um dilema em sua vida. Estava muito só em Cuiabá e não havia perspectiva de transferência. A decisão de pedir exoneração teve apoio da família e do namorado. Os dois passaram a viver juntos. Alguns meses depois, ela se empregou como assessora jurídica no Ministério Público do Paraná. Ele deixou a Aeronáutica e entrou na residência de radiologia. A aposta era arriscada, já que os dois pouco haviam convivido. Mas 20 meses se passaram e Catarina, 30 anos, e Raphael, 34, oficializaram a união.
E dona Marli? Aposentou-se logo depois de conseguir aproximar os pombinhos e agora é uma mãe e sogra feliz.
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