Entre bonjour e comment allez vous das primeiras aulas de francês, no Colégio Militar de Curitiba, Felipe percebeu a Raissa. Ou foi a Raissa quem primeiro notou o Felipe? Fato é que, quando todos da turma foram almoçar naquele dia, os dois começaram a conversar, o interesse cresceu e a curiosidade os prendeu.
Foram conversas intermináveis ao longo do curso, com direito a bilhetinhos durante as aulas e muitas mensagens de celular. Felipe, ansioso, não podia mais esperar para pedir a Raissa em namoro. Ela demorou a aceitar – tanto que ele quase desistiu. Para que o pedido não perdesse a validade, ela achou melhor propor novamente. Ele, claro, aceitou.
Depois que se formaram no ensino médio, cada um foi para um lado, para aperfeiçoar a carreira militar. Felipe se mudou para o interior de São Paulo, para começar o curso de formação na Aeronáutica, e Raissa logo foi também, mas para outra cidade. Embora morassem a 400 km um do outro, tentavam se ver todos os finais de semana, quando não tinham atividades nos cursos. O namoro à distância durou quatro anos, mas não abalou o que eles tinham.
Uma semana depois da formatura da Raissa, em dezembro de 2013, Felipe a chamou para visitar o colégio em que tinham estudado. Sem que ela percebesse, ele tirou uma pequena caixinha preta com as alianças de noivado e soltou o pedido de casamento. Sem hesitar desta vez, ela aceitou.
Na cerimônia ao ar livre, não faltou romantismo. Um amigo do casal queria pedir a namorada em casamento, e eles cederam parte da celebração para que ele fizesse o pedido. Não faltaram lágrimas de felicidade também.
“Ele é meu melhor amigo, alguém que eu posso contar para tudo, a qualquer momento, seja para o que for”, começa Raissa. “Foi inevitável me apaixonar pela Raissa. Ela sempre foi uma pessoa muito amável e amorosa, sempre preocupada comigo. E a cada dia eu descubro uma qualidade nova nela”, completa Felipe.