Celebridades

Big Time Orchestra prepara “surpresa” para o SuperStar

Camille Bropp Cardoso
26/06/2015 12:14
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Fazer o público conhecer o estilo da banda foi a estratégia até agora, dizem músicos. Foto: Divulgação/TV Globo
Já conhecida como a mais famosa big band do Brasil — como eram classificadas nos anos 1920 as imensas bandas de jazz da era do suingue — a Big Time Orchestra está com os dois pés fincados em um desafio bem mais popular do que o seu estilo retrô. Única representante paranaense no agora top 9 do SuperStar, programa de competição de bandas da TV Globo, a veterana Big Time está muito disposta a continuar no páreo.
Até agora a banda conta que vem”sentindo o público”, buscando trazê-lo para o seu estilo tão característico — são nove músicos, quatro deles nos metais (trompete, saxofone e trombone). Daí a escolha por interpretar músicas já conhecidas de Titãs, Paralamas do Sucesso, O Rappa e Erasmo Carlos.
Muito pedida pelos jurados (alguns já “intimaram” a Big Time e outros concorrentes) e pelo público nas redes sociais, a tal música autoral pode ser a aposta do momento da banda. E arriscada, já que, no último domingo, eles passaram raspando pela última etapa. Ficaram em oitavo lugar e não viram o telão subir — cravaram 68,02% de votos positivos no aplicativo do programa (o corte era a marca dos 70%).
A banda em foto oficial: Fabiano (baixo), Raule (trombone), Alexandre (guitarra), Franco (vocal), Jaquerson (trompete), André (teclado), Cleber (trompete), André Nigro (bateria) e Márcio (saxofone).
A banda em foto oficial: Fabiano (baixo), Raule (trombone), Alexandre (guitarra), Franco (vocal), Jaquerson (trompete), André (teclado), Cleber (trompete), André Nigro (bateria) e Márcio (saxofone).
Mistério
Sem poder entregar muito sobre a escolha, o baixista Fabiano Cordoni diz apenas que será música não inédita. “O que o público pode esperar é uma música com a nossa pegada, nesse estilo misturando rock com jazz que temos feito. Esperamos que gostem bastante”, contou ao Viver Bem.
A Big Time chegou ao programa por indicação do ator Tiago Abravanel, que já participou de shows da banda. “No ano passado ele comentou que teria o reality show e que poderia indicar bandas. E perguntou se toparíamos. Todo mundo quis, na hora. Não deu certo em 2014, mas em 2015 fomos chamados”, lembra Cordoni.
Abaixo, o músico conta mais sobre os bastidores do programa (tocar primeiro, afinal, prejudica a banda?), e a relação com os jurados e com o padrinho Paulo Ricardo. Também diz e se há mesmo um “favorito”. Confira:
E curtindo a ponte aérea Rio-Curitiba, na Praia do Recreio.
E curtindo a ponte aérea Rio-Curitiba, na Praia do Recreio.
Pode adiantar o que  público pode esperar de vocês no domingo?
A música é surpresa. O que o público pode esperar é uma música com a nossa pegada, nesse estilo misturando rock com jazz que temos feito. Esperamos que gostem bastante.
Que estratégia a banda tem seguido até agora?
Nosso estilo é pouco difundido no Brasil, diferentemente de rock, forró, pop e reggae. Nossa estratégia — que deu certo até agora — foi mostrar ao público músicas conhecidas na nossa roupagem. Para que as pessoas pudessem entender.
O que aprenderam sobre o gosto do público?
Ah, é difícil. Em quatro apresentações, fomos os últimos a se apresentar em uma delas. Nas outras três, fomos a primeira ou a segunda. E é bem diferente. Mas sentimos que a banda hoje tem um certo gosto popular. Não digo que somos favoritos, mas estar entre as nove que podem ganhar é uma vitória para o nosso estilo.
Como foi ver o telão não subir?
Na hora do programa o nervosismo é grande, você não tem noção do que é não subir o telão. Só estando lá para entender.
É mais vantajoso se apresentar primeiro ou por último?
O que a gente viu, disso de ser bom tocar primeiro ou não, é que as primeiras bandas pegam a audiência do Fantástico, que é um bom impulso. Por outro lado, agora no fim, como as pessoas já pegam gosto pelas bandas, ser o último é bom. No último domingo, a Scalene [banda concorrente de São Paulo] tocou por último e os fãs dela aproveitaram para colocar “não” para todas as outras bandas [votação pelo aplicativo]. Daí quando chegou a vez deles, os outros fãs não conseguiram fazer o mesmo porque já tinham ido dormir. É um pouco subjetivo. Olhando agora, acho que ficar por último pode ser melhor. Mas eu prefiro ficar entre as primeiras.
Mas tem favorito?
Na minha opinião a Scalene é preferida. São excelentes músicos, a banda é boa e já tem fãs. Mas no domingo, a Supercombo, que na nossa cabeça iria para a final, caiu. Agora está super afunilado. É bem complicado [dizer isso].
Vocês já ouviram o conselho de algum jurado?
A Sandy e o Paulo Ricardo sempre pediram para mostrar mais coisas nossas, com a nossa cara. E acho que faz sentido.
E a ajuda do padrinho, Paulo Ricardo?
Posso dizer que ele dá bons conselhos ao vivo, no programa.
Qual a expectativa agora?
Gostaria muito que a gente ficasse para o top 7. Temos uma chance, a gente corre por fora como azarão até pelo estilo musical. Torcemos para pegar os fãs das bandas que saíram.
Com tantos shows até no exterior, ter música na novela ainda é legal?
É o nosso sonho realmente. Se a gente não ganhar, só a exposição que tivemos está muito bacana. Podemos mostrar quem somos para o Brasil inteiro, concorremos com gente do Maranhão ao Rio Grande do Sul. Até já tocamos no Programa do Jô e no da Ana Maria Braga, mas o SuperStar levou o nosso nome para outro patamar. Então o nosso sonho é que a Som Livre nos veja com carinho e tenhamos música na novela mesmo [risos], para continuarmos nosso trabalho. Mesmo porque a Malta [ganhadora da edição de 2014] está muito bem mesmo.
Curta agora o som da banda (inclusive uma música autoral, a Boca Maldita):