Paolla Oliveira interpreta a vilã Melina, Rafael Cardoso é Felipe, e Alinne Moraes interpreta a mocinha Lívia (Foto: Fábio Rocha/Gshow)
Depois de investir em uma trama contemporânea e discutir as novas formas de família em Sete Vidas, a Globo optou por voltar ao clássico: Além do Tempo, a nova novela das 18 horas, que estreia na segunda-feira (dia 13) na RPC começa como um folhetim de época, que irá abordar a reencarnação, ambientado no século 19 e depois passa para os dias atuais. Na segunda fase, os personagens terão os mesmos nomes, não se reconhecerão, mas vão conviver juntos na fictícia Bela Rosa.
De autoria de Elizabeth Jhin, a trama vai acompanhar a saga de Lívia (Alinne Moraes) e Felipe (Rafael Cardoso) no Sul do Brasil. Eles não sabem, mas nasceram um para o outro, inclusive em outras vidas. “Tive a ideia de escrever Além do Tempo quando senti o desejo de contar uma história em um formato diferente do que eu já estava habituada. Geralmente, em minhas novelas, faço uma volta ao passado através de sonhos ou terapias. Dessa vez, tive a ideia de fazer os capítulos em modelo singular para mim, que começasse pelo passado e mostrasse os mesmos personagens, em outra vida, no futuro”, conta Elizabeth, autora que costuma abordar temas ligados ao espiritismo como em Escrito nas Estrelas (2010) e Amor Eterno Amor (2012).
Felipe (Rafael Cardoso) é membro de uma família nobre e está prestes a se casar com Melissa (Paolla Oliveira). Lívia, de origem humilde, em breve vai voltar para o convento por imposição da mãe, Emília (Ana Beatriz Nogueira). Eles se encontram em Campobello, no sul do país, região que começa a se desenvolver graças à colonização italiana e ao cultivo de uvas. Mas, como num clássico folhetim, o casal vai enfrentar muitos obstáculos e muitas provações.
O amor perdura além do tempo. Cerca de 150 anos depois, acontece um novo encontro entre Lívia (Alinne Moraes), Felipe (Rafael Cardoso) e as pessoas que conviveram com eles no século 19. Nos dias atuais, eles não se reconhecem fisicamente e vivem de outra forma. Eles têm nas mãos a oportunidade de se redimir, escrever uma história diferente e acertar as contas com o passado. É a chance de cada um de ter uma nova vida, colhendo o que plantou um dia.
Gravações no sul
A primeira fase promete marcar por fazer uma viagem ao Brasil do século 19. A equipe da novela, sob a batuta do diretor de núcleo Rogério Gomes, o Papinha, viajou para quatro cidades para gravar as cenas iniciais da trama. A jornada começou em Vassouras e Rio das Flores, ambas no Rio de Janeiro, com o objetivo de demonstrar os tempos áureos do café. Nessas cidades, os casarões bem conservados foram utilizados para gravar as cenas externas do convento onde a personagem de Alinne Moraes foi criada, do casarão da Condessa Vitória (Irene Ravache).
Depois, a viagem seguiu para São José dos Ausentes e Garibaldi, no Rio Grande do Sul. Foram três semanas para gravar mais de 120 cenas com praticamente todo o elenco da novela. Na região de São José dos Ausentes, foi gravada boa parte do cotidiano dos moradores de Campobello, a cidade fictícia onde a trama é ambientada. Em Garibaldi, foi registrada a sequência da festa da colheita de uva.
De acordo com a figurinista Natalia Duran, a atemporalidade da trama está sendo um fator positivo para o exercício da criatividade. “Trabalhamos com os arquétipos românticos para criar os figurinos: o príncipe, a menina pobre que se apaixona por ele, a menina rica e má, a viúva perversa”, explica Natalia. Ainda de acordo com ela, cerca de duas mil peças foram desenvolvidas e produzidas na fábrica de figurinos do Projac em menos de três meses.
ELENCO
Conheça os principais personagens da novela:
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