Celebridades

Janet Jackson está grávida do primeiro filho com quase 50 anos

Anna Carolina Amaral especial para a Gazeta do Povo
07/05/2016 22:00
Casada com Wissam Al Mana, desde 2012, a cantora norte-americana Janet Jackson, irmã do astro Michael Jackson, acaba de anunciar sua primeira gravidez, a apenas duas semanas de completar 50 anos. O anúncio, bem em tempo da celebração de Dia das Mães, foi feito através de um vídeo que a cantora postou em sua conta do Twitter, explicando para os fãs que teria que adiar a segunda parte de sua turnê pois estaria começando uma família com seu marido. “Eu pensei que seria importante que vocês fossem os primeiros a saber. Meu marido e eu estamos planejando nossa família, por isso eu terei que adiar a turnê. Por favor tentem entender que é muito importante que eu faça isso agora”, pediu a cantora para seus fãs.
A cantora completou que está em repouso seguindo orientações médicas, mas não divulgou se fez tratamentos para engravidar. Um estudo americano mostrou recentemente que mulheres que engravidam sem ajuda de medicamentos depois dos 40, tendem a viver mais. Isso porque o estrogênio continua sendo produzido em abundância em mulheres férteis. Porém, as chances de ser mãe aos 40 diminuem drasticamente. As atrizes Carolina Ferraz e Dira Paes anunciaram a gravidez aos 46 e 45 anos, respectivamente e não tiveram nenhum susto durante a gestação. Os médicos ainda alertam para as grávidas acima de 40 cuidarem mais da pressão arterial e, inclusive, do coração. Com as mudanças hormonais naturais neste período, o corpo já se sente mais cansado. O risco de aborto espontâneo e de morte fetal é muito alto e a chance de anomalias também cresce.
Gravidez depois dos 50
Uma resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), publicada em meados de setembro de 2015, diminui a burocracia para que mulheres acima dos 50 anos realizem procedimentos para engravidar. Esta faixa etária, entretanto, ainda é considerada de risco e exige cuidados.
Até então, 49 anos era a idade limite para procedimentos de reprodução assistida, e tinha-se que recorrer à entidade para obter autorização para continuar ou começar um novo tratamento. A decisão traz autonomia para as mulheres avaliarem com a equipe médica a possibilidade de iniciar um tratamento.
“As resoluções devem acompanhar o avanço das técnicas e as mudanças sociais. Ag ravidez depois dos 50 anos é de alto risco, mas o conselho deve reconhecer que a mulher tem liberdade de avaliar com seu médico o que é melhor”, comenta Adelino Amaral Silva, membro da Câmara Técnica de Reprodução Assistida do CFM.
Nilo Frantz, especialista em reprodução humana, explica que, antes, era feita uma avaliação que incluía exames clínicos, cardiológicos e endocrinológicos. Esses dados iam para os conselhos regionais de cada estado, e em alguns casos o federal, e o pedido demorava até dois meses para ser respondido. Se a paciente não apresentasse as condições ideais de saúde, era desencorajada ainda no consultório.
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Prematuridade
Mulheres nessa faixa etária precisam de bom quadro de saúde – doenças como diabete ou hipertensão inviabilizariam que um médico aceitasse fazer o procedimento. Há também riscos maiores de que o bebê nasça prematuramente ou com pouco peso. “Continua a recomendação da comunidade médica de que se pare de tentar aos 50 anos, mas abrem-se exceções de acordo com o quadro clínico de cada uma”, explica Mariangela Badalotti, diretora científica da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana. “Não há um profundo conhecimento da gestação nessa idade. O médico deve se certificar de que há condições para engravidar, e a paciente, entender que, por mais saudável que esteja, vai enfrentar riscos maiores”, diz.