Celebridades
Marjorie Estiano fala do papel em “Ligações Perigosas”
Selton Mello e Marjorie Estiano encabeçam o elenco de Ligações Perigosas: personagem da atriz curitibana se envolverá numa trama de sedução
A partir desta segunda-feira (4), o público vai poder matar um pouco as saudades das produções de época com a estreia da minissérie Ligações Perigosas, baseada na obra “Les Liaisons Dangereuses“ (1782), do francês Pierre Choderlos de Laclos. Na época, o autor causou polêmica ao escancarar a hipocrisia da aristocracia francesa. Mas o livro sobreviveu às críticas negativas e conquistou gerações justamente por tratar a natureza humana com franqueza surpreendente. No cinema, Glenn Close, John Malkovich e Michelle Pfeiffer atuaram no surpreendente filme de 1989 – a trama de Hollywood e as duas atrizes, inclusive, foram indicadas para o Oscar.
Para a versão da Globo, a opção foi trazer a história para uma região fictícia do sudeste do Brasil em 1928. O elenco é encabeçado por Patricia Pillar, Selton Mello, Marjorie Estiano e a trama terá dez capítulos. “ Fizemos um trabalho de quase um ano de leituras, releituras, discussão, simplificação. E conseguimos trazer a dramaturgia para a televisão de uma maneira plena”, afirma Denise Saraceni, diretora de núcleo.
Depois de sido chamada às pressas para substituir Drica Moraes em “Império”¸a curitibana Marjorie volta à telinha como Mariana de Santanna. Apesar de casada, a personagem vai se envolver com Augusto (Selton Mello), criando uma ligação perigosa. Ao Viver Bem, Marjorie fala das diferenças entre uma trama atual e outra com cunho histórico. “Está sobretudo na relação com os aspectos mais simples e também mais evidentes. O tempo no sentido concreto, o comportamento, o pensamento… O contexto político, social, cultural está contido na formação de um indivíduo. Estabelecer e internalizar algo que é orgânico, automático como acordar e abrir os olhos, é um processo laborioso”, conta.
Marjorie também está no ar no Canal Viva como a Natasha, da temporada 2004 de “Malhação” e falou como se transformou nesse período. “Mudei tanto quanto 10 anos podem interferir. Ao longo desse tempo tive oportunidade de viver muitas coisas no meu trabalho e na minha vida pessoal”, afirma.
Sobre a importância de atores paranaenses estarem cada vez mais em evidência, Marjorie acredita que isso revela o início de uma descentralização, uma abertura, uma oxigenação. “O espectador está mudando e isso altera um conjunto. A busca por uma variedade maior de gêneros dramatúrgicos, formatos… Acho que essa transição reflete em todos os elementos que integram o produto final, o que só tende a favorecer a todos”, acredita.
