Celebridades

Outra ex-“coelhinha” expõe o lado obscuro da Mansão Playboy

Da redação
23/06/2015 16:11
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Holly Madison morou na Mansão Playboy entre 2001 e 2006. (Foto: Bigstock)
Durante muito tempo a vida de Hugh Hefner, antigo editor de revistas e criador da Playboy, foi considerada de sonho. Sempre cercado de namoradas com o biotipo-padrão das “coelhinhas” da revista, o empresário de 89 anos já até expôs sua rotina de milionário mulherengo em um reality show. Esse mundo, porém, está mais para pesadelo para algumas dessas mulheres. É o que mostram livros lançados nos últimos anos por ex-moradoras da Mansão Playboy, como é chamada a casa com paredes pink onde Hefner vive em Los Angeles.
O mais recente relato é o de Holly Madison, modelo de 35 anos que conviveu com Hefner entre 2001 e 2008. Ela também participou do reality The Girls Next Door, do canal E!, e tinha o “posto” de líder das namoradas que moravam na mansão (três no total). No livro Down the Rabbit Hole: Curious Adventures And Cautionary Tales Of A Former Playboy Bunny, que será lançado nesta terça-feira (23), Holly conta que a rotina imposta às “namoradas” era, no fim das contas, humilhante.
No livro, ela narra como o dia a dia da mansão era repleto de drogas, picuinhas e de métodos usados pelo milionário para subordinar as “namoradas”. “Todos acham que o infame portão de metal [da mansão] tinha a função de impedir estranhos de entrarem. Mas comecei a sentir que ele na verdade existia para me trancar lá dentro”, escreve a modelo.
Drogas
Entre outras lembranças, Holly conta como Hefner oferecia às mulheres tranquilizante para cavalos (metaqualona ou Quaalude) para deixá-las mais dispostas a fazer sexo. Também revela que o milionário costumava manipular as “namoradas”, criando propositadamente um clima de discórdia e monitorando o corpo delas — se engordavam ou não.
A modelo diz que passou a considerar sua própria vida uma piada e chegou a cogitar suicídio. “Talvez fosse a maconha ou o álcool, mas me afogar [na banheira] me pareceu [uma certa vez] a forma mais lógica de escapar da vida ridícula que eu estava levando”, escreve ela, que nasceu no Oregon em uma família de madeireiros.
Kendra: "era como um trabalho". Izabella:<br>
Kendra: "era como um trabalho". Izabella:
Lista
Outros livros com histórias de ex-coelhinhas dão o tom de como é a rotina na Mansão Playboy. Veja abaixo alguns deles, listados pela revista Marie Claire britânica:
“Todas as sextas pela manhã tínhamos que ir ao quarto de Hef, esperar que ele tirasse todo o cocô de cachorro do carpete e depois perguntar pela nossa mesada: mil dólares contadinhos, em notas de cem dólares amassadas e tiradas de um cofre de uma de suas estantes. Odiávamos esse processo. Hef sempre usava a ocasião para trazer à tona coisas com as quais não estava feliz nos relacionamentos. A maioria das reclamações eram sobre desarmonia entre as namoradas, ou a nossa falta de participação durante as orgias que ele fazia no quarto dele. Se estivéssemos fora da cidade por qualquer razão, e tivéssemos perdido uma dessas festas, ele não nos dava o dinheiro. Ele usava isso como uma arma”.
 Izabella St. James no livro Bunny Tales: Behind Closed Doors at the Playboy Mansion.
“Além das noites em que todos saíamos, eu só via Hef, tipo, uma vez por dia andando nos corredores até o seu escritório. Nunca o encontrava sozinha”.
Kendra Wilkinson, ao US Weekly
“Era como ficar com um vovô. Não faz muito tempo, tiveram que chamar uma enfermeira porque ele caiu em um buraco”.
Carla Howe, ao Mirror
“Não havia proteção [preservativos] ou exames médicos. Ele não liga”.
Jill Ann Spaulding no livro Jill Ann: Upstairs
“Hef simplesmente ficava deitado lá, com a sua ereção à base de Viagra. Uma coisa tão fajuta”.
Jill Ann Spaulding
“Quando marcava cerca de um minuto, eu saía e ia embora, estava feito. Era como um trabalho. Hora de começar e hora de acabar. Não era como se eu realmente gostasse de fazer sexo com ele”.
Kendra Wilkinson no livro Sliding Into Home
“Hef está acostumado com carpetes sujos. O que está no seu quarto não é trocado há anos e as coisas ficaram significativamente piores quando Holly Madison se mudou para o quarto dele como ‘Namorada N.º 1’, logo depois que eu me mudei para a casa. Ela levou seus dois cachorros com ela. Eles não eram treinados para ficar em casa e simplesmente faziam suas coisas no carpete. Tarde da noite ou de manhã cedo — se alguma de nós visitássemos o quarto de Hef — quase sempre terminávamos pisando em coisa de cachorro”.
Izabella St. James
“Apesar de fazermos o melhor possível para decorar nossos quartos e torná-los mais aconchegantes, os colchões eram nojentos — velhos, usados e manchados. Os lençóis também.”
Izabella St. James
UPDATE
Como resposta, o escritório de Hugh Hefner divulgou uma nota sobre o livro de Holly Madison. Segue:
“Na minha vida, até superei a minha cota de relações românticas com mulheres maravilhosas. Muitas foram embora para viver vidas felizes, saudáveis e produtivas, e sou satisfeito em dizer que somos amigos até hoje. Tristemente, algumas delas escolheram reescrever a história como tentativa de permanecerem na mídia. Acredito que, como diziam os antigos, não se pode ganhar todas.”