Se há alguma certeza depois do término de Verdades Secretas é que a paranaense Grazi Massafera garantiu sua permanência no hall de estrelas do primeiro time da Globo. E isso se deve ao trabalho intenso realizado por ela durante os capítulos da trama das 23 horas, que chegou ao fim na sexta-feira (dia 25), na RPC. O horário mais tarde permitiu que temas fortes e polêmicos – como prostituição, “book rosa” e a dependência das drogas – pudessem ser tratados com ousadia e sem melindres.
O texto de Walcyr Carrasco e, principalmente, a belíssima e bem cuidada direção de Mauro Mendonça Filho (o primeiro trabalho dele como diretor de núcleo) permitiram que Grazi se entregasse sem medo e com intensidade às cenas fortes que protagonizou na novela.
Da descoberta das drogas ao vício do crack, da beleza estonteante à completa degradação que a personagem passou (física e psicológica), em todos os momentos a atuação da paranaense seguiu por uma linha crescente até ser consagrada com a cena de estupro coletivo, na última semana, e o final exibido na sexta-feira.
O trabalho proporcionou que a atriz natural de Jacarezinho abandonasse os rótulos de “ex-BBB” e em nada lembrasse os papéis de tramas anteriores. O sucesso de Larissa a levou a ser escalada para a próxima trama das 21 horas, escrita por Maria Adelaide Amaral e Vincent Villari, na qual deve viver uma piriguete e apostar no lado cômico. Se depender da capacidade dramática que vimos em Verdades Secretas, o sucesso é garantido.