
Engana-se quem pensa que água mineral é tudo igual. Embora sejam vendidas em garrafas parecidas, cada marca traz uma composição mineral diferente, com quantidades variadas de sais minerais, cálcio, carbonatos, sulfatos, magnésio e um elemento que os consumidores devem ficar atentos: o sódio. Por isso é importante aprender a ler o rótulo para escolher o melhor produto.
A composição da água mineral depende muito da fonte da qual ela é retirada, conforme explica Marcelo Marques, CEO da Empresa de Águas Ouro Fino. “Toda a água distribuída por nossa empresa no país é proveniente de uma única fonte, o que garante suas características e segurança. Por questões relacionadas à capacidade das fontes ou logística, algumas empresas comercializam águas com a mesma marca comercial, mas extraídas de fontes diferentes. Nestes casos, os consumidores que não estão atentos aos rótulos consomem produtos com a mesma marca, só que com características físico-químicos completamente diferentes. Por exemplo, no caso do sódio, existem produtos com a mesma marca comercial, mas com variações que ultrapassam 100% na quantidade de sódio”, afirma.
Essas diferenças afetariam a saúde, segundo Marcelo, que alerta para que os consumidores prestem atenção no rótulo antes de decidirem qual água mineral irão comprar. “Para se hidratar com saúde, é preciso saber escolher a água certa. Os minerais encontrados na água extraída das fontes da Estância Hidromineral Ouro Fino, como o magnésio, o cálcio e potássio, são todos naturais. Além disso, possui baixíssimo teor de sódio e o pH ideal para o bom funcionamento do organismo”, explica Marques.
Sódio: vilão da saúde
A quantidade de sódio é um item que não pode ser ignorado no rótulo da água mineral. De acordo com informações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), se a água tiver mais de 200mg/L de sódio, a empresa deve avisar os consumidores com mensagem no rótulo.
Isso porque a população brasileira consome muito sódio na alimentação em geral, conforme explica Jennifer Partika, nutricionista do hospital Santa Cruz. O ideal seria que consumissem a água com baixo teor de sódio, menor que 50mg/L. “Pessoas com hipertensão ou com problemas renais devem observar ainda mais o nível de sódio que consomem, pois quanto menor a quantidade, melhor”, diz a especialista.
Essa quantidade de sódio encontrada na água depende, segundo a nutricionista, da fonte da qual é extraída e da geologia do local. “A água da chuva cai e penetra no subsolo, percorrendo diversas variedades de rochas existentes na natureza, das quais absorve sais minerais e outros nutrientes. As características do solo e a profundidade de onde a água é extraída podem alterar a concentração de sódio”, explica Jennifer.
É importante, também, observar a quantidade de magnésio nos rótulos da água mineral. “Trata-se de um mineral importante para o organismo. Portanto, quanto maior for a sua quantidade na água mineral, melhor”, diz.
Água mineral x água de torneira

Água mineral e água de torneira não são a mesma coisa. Os sais minerais encontrados na água mineral contribuem para muitos processos realizados no organismo, além de prevenirem inúmeras doenças – e não são os mesmos encontrados na água de torneira.
“A água mineral é produzida e enriquecida de sais minerais pela própria natureza. É captada do subsolo através de fontes legalmente autorizadas. Os sais e outros elementos presentes nas águas minerais oferecem efetiva contribuição à saúde”, diz a nutricionista Jennifer Partika.
A água de torneira, por outro lado, é proveniente de fontes de água doce, como rios, represas e lagos, e passa por um tratamento com produtos químicos, que a tornam potável. “A água filtrada passa por um processo que retira as impurezas, caso o encanamento da casa esteja enferrujado ou a caixa d’água sem higiene adequada. Ajuda também a minimizar o gosto residual deixado pelos produtos químicos usados no tratamento da água”, explica a especialista.
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