Saúde e Bem-Estar

Cigarro eletrônico causa intoxicação em crianças

Rafael Adamowski, especial para a Gazeta do Povo
13/05/2016 16:00
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Foto: Divulgação

Os cigarros eletrônicos surgiram no início dos anos 2000 e desde então vêm ganhando popularidade em muitos países. A maior preocupação em torno desta questão é o aumento constante de intoxicações por nicotina em crianças expostas aos e-cigs nos Estados Unidos, de acordo com estudo recente da Academia Americana de Pediatria (American Academy of Pediatrics).
No Brasil, a comercialização é proibida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), mas os dispositivos podem ser facilmente adquiridos pela internet e até mesmo em algumas lojas de rua. O estudo da AAP, que considera a exposição das crianças aos cigarros eletrônicos, nicotina e a outros produtos derivados do tabaco, revelou que as crianças que vivem sob essas condições têm cinco vezes mais chance de serem hospitalizadas.
O agravante revelado pela pesquisa destaca que estas crianças possuem o dobro de chances de sofrerem graves consequências à saúde, em comparativo com aquelas expostas a um ambiente de cigarros comuns.
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Entre janeiro de 2012 e abril de 2015 o Sistema Nacional de Dados sobre Envenenamentos dos Estados Unidos recebeu quase 30 mil chamadas, uma média de 729 por mês, relacionadas à exposição de crianças menores de 6 anos ao tabaco e à nicotina. A indústria de cigarros eletrônicos também não é regulamentada nos Estados Unidos, o que não inibe o comércio.
No Brasil somente entre janeiro de 2014 e maio do ano passado a Receita Federal apreendeu 2.100 unidades do dispositivo, a maioria em Foz do Iguaçu. Muitos usuários do e-cig justificam que o produto pode ajudar na luta para abandonar o vício convencional, mas segundo médicos ainda não existem estudos suficientes que garantam uma menor agressividade à saúde.