Irritabilidade, choro pela dor de ouvido e febre. A criança também tende a sentir mais pressão no ouvido quando se deita, por causa da congestão e obstrução.
De madrugada há uma redução no nível de cortisol no organismo, que é o anti-inflamatório natural. Não que a dor piore, mas a sensação de dor aumenta.
O medicamento certo vai depender da idade da criança e da severidade dos sintomas. Crianças abaixo dos dois anos de idade vão precisar de antibióticos com mais frequência, para garantir caso a infecção seja por bactéria e não por vírus, embora este seja mais comum. Depois dos dois anos, o antibiótico será receitado caso os sintomas sejam bem fortes, como infecção nos dois ouvidos, febre acima de 39°C e dor que não diminui com analgésico. Quando não há sintomas severos, em 80% dos casos a otite se resolve sozinha em 48 horas.
Qualquer dor de ouvido em bebês de até 6 meses pede um tratamento com antibiótico para evitar complicações. Se tiver menos de 2 anos e tiver dor nos dois ouvidos, também é usado o antibiótico. Acima dessa idade e com efeitos leves, os sintomas são tratados.
Além do analgésico prescrito pelo médico, compressas mornas e secas na orelha também são indicadas. Os panos de compressa não podem estar úmidos ou molhados porque podem causar uma irritação na pele do canal auditivo.
A anatomia da orelha das crianças até os 5 anos ainda é desfavorável. A ligação entre o ouvido e o nariz é curta e com inclinação, o que não ajuda na drenagem das secreções. O sistema imunológico também não está amadurecido, e elas estão mais expostas a vírus e bactérias, que promovem infecções nas vias aéreas, facilitando as otites. Não deixe a criança colocar objetos pontiagudos na orelha, e a proteja do frio e do vento.
As otites de inverno podem aparecer depois de a criança ter uma gripe. As de verão são resultado do contato com a água. A serosa causa sensação de ouvido tampado pelo excesso de secreção mucosa, catarro.