O tom de voz, as palavras, o tempo dedicado e até mesmo a postura corporal influenciam na boa conversa com crianças. A psicóloga Lidia Weber diz que é preciso aproximar-se, estar na mesma altura e olhar nos olhos. “Deixe-as falar, contar e opinar”, diz. Faça perguntas objetivas.
Todo assunto pode ser tratado com as crianças, desde que na linguagem delas e ponderando o real interesse, diz Josete Tulio, psicóloga clínica membro da Associação Paranaense de Terapia Familiar. Dose a informação, mas explique o que está acontecendo para não gerar dúvidas.
Oferecer respostas simples, frases curtas, objetivas, e ouvir com atenção é a recomendação da psicóloga Josete Tulio para um bom diálogo com os pequenos. Ela ainda sugere: “Evite antecipar respostas, respeite o ritmo da criança e não a atropele, seja verdadeiro e use termos corretos”.
Lídia alerta que é necessário controlar as críticas e alterações de voz, principalmente nos papos mais tensos. Também se deve evitar frases que tenham tons de ameaça, o que indica para a criança um evento negativo no futuro e ela aprende que conversar não é bom.
Quando a criança questiona, responda dentro das circunstâncias e não brigue ou repreenda. Ao perguntar, ela está elaborando hipóteses, organizando o pensamento e a maneira como os adultos reagem frente as suas curiosidades. “Estabeleça uma relação de confiança”, diz Lídia.
Prestar atenção ao que os pequenos falam é essencial para manter a frequência das conversas. “Os pais devem ouvir e mostrar interesse pelos desejos e opiniões da criança, mas é dos adultos a palavra final. A criança pode participar das decisões, mas não decidir”, diz Lidia.