Saúde e Bem-Estar

Vacina contra a Meningite B está prestes a chegar a Curitiba

Carolina Kirchner Furquim, especial
12/05/2016 18:12
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(Foto: Bigstock)

Em falta há pelo menos um ano, a vacina contra a Meningite B está prestes a chegar a Curitiba. A informação, dada em primeira mão à Gazeta do Povo pelo pediatra Victor Horácio de Souza Costa Junior, do departamento de Infectologia do Hospital Pequeno Príncipe, foi confirmada pela assessoria de imprensa da GlaxoSmithKline (GSK), o laboratório responsável pelo recebimento e distribuição da vacina no país.
Segundo a GSK, novos lotes da vacina adsorvida meningocócica B (recombinante) têm sido liberados para comercialização como parte do processo de regularização do abastecimento.
Espera-se que hospitais e clínicas particulares de Curitiba recebam lotes das doses encomendadas nos próximos dias. As vacinas são fabricadas pelo laboratório Novartis, na Bélgica, e chegam ao Rio de Janeiro, de onde saem para distribuição.
A assessoria de imprensa do Hospital Pequeno Príncipe, uma das instituições que fez o pedido da vacina contra a Meningite B, informou que a previsão de recebimento é de, no máximo, 15 dias a partir de hojeO preço estimado da dose será de R$ 570. Não há informações acerca do abastecimento na rede pública de saúde.
A Meningite B
A doença meningocócica (DM) do sorogrupo B é a mais prevalente no sul do país. A vacina foi aprovada em janeiro de 2015 pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária e, em pouco tempo, se esgotou em todas as clínicas de imunização e laboratórios de Curitiba.
O grupo prioritário para receber a vacina é o das crianças na primeira infância, antes dos 5 anos de idade. Outra recomendação engloba adolescentes de até 20 anos, em função de hábitos e condições de risco, como compartilhar utensílios e passar muito tempo juntos.
A ocorrência em adultos e idosos é esporádica. Entretanto, indivíduos com comprometimento do sistema imunológico, em situações de surto da doença ou que planejam viagens a destinos com epidemia dela, devem estar alertas.
A Meningite B é altamente letal, podendo levar à morte em 48 horas. Estima-se que cerca de 25% dos casos evoluam para óbito e outros 20% deixem sequelas graves no paciente, como perda auditiva e falência renal.
Os sintomas mais usuais são febre, dor de cabeça, rigidez ou dor no pescoço (pacientes suspeitos têm dificuldade em encostar o queixo no peito, por exemplo), náuseas e vômitos. Mudanças comportamentais, como confusão, sonolência e dificuldades para acordar, além de febre, irritação, cansaço e falta de apetite nos bebês, também são relatados. O diagnóstico deve ser feito imediatamente, pois a precocidade no tratamento é o que faz a diferença.