Saúde e Bem-Estar
Elogie sem rótulos
Palestra de Antonio Rodriguez no International School of Curitiba. Dilvulgação / ISC.
Depende do tipo de elogio. Quando se limita a rótulos fixos, como “inteligente”, “talentoso” ou “você tem o dom”, ele cria mais estresse nos alunos, que sentem que precisam manter esses rótulos. Os elogios que focam no esforço e na habilidade em resolver problemas tendem a ser positivos e menos estressantes. Se uma criança vai bem em matemática, em vez de dizer que ela é inteligente, elogie o esforço que ela fez para resolver a prova e as estratégias que usou para se sair bem.
Elas têm muito mais dificuldade em lidar com obstáculos. Se um aluno que está acostumado a ter notas altas tiver uma matéria que faz suas notas caírem, ele tem a tendência a levar isso muito mais para o lado pessoal do que um aluno que recebeu elogios que focam no esforço. Na mesma situação, este irá traçar estratégias para melhorar as notas.
Os exemplos dados por figuras importantes na vida das crianças frequentemente moldam como eles pensam e se sentem a respeito do sucesso. Se veem seus pais e professores dando mais importância ao talento em vez do esforço fica fácil imitar.
É difícil ter certeza, mas eu diria que quanto antes isso for feito, melhor. Mesmo se esses conceitos forem descobertos mais tarde na vida, nossos cérebros são incrivelmente flexíveis e podemos ter uma mentalidade de crescimento a qualquer idade.
A pesquisa mais recente do educador norte-americano Antonio Rodriguez trata dos modelos mentais, ou mindsets, a partir da teoria criada pela psicóloga Carol Dweck. As crianças que recebem elogios como “inteligentes” e “talentosas” gastam muito tempo tentando provar suas qualidades, enquanto que as que são elogiadas pelo esforço gastam o mesmo tempo com foco na dedicação.