Saúde e Bem-Estar

Emojis ajudam crianças a escolherem alimentos mais saudáveis

Da redação
09/03/2016 11:44
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Emojis (Foto: Bigstock)

Convencer a criança a experimentar alimentos novos e mais saudáveis não é tarefa fácil para muitos pais. Uma solução encontrada por pesquisadores norte-americanos foi incluir na embalagem os conhecidos emojis – os mesmos dos smartphones. Carinhas sorridentes para alimentos saudáveis e carinhas tristes para os industrializados, cheios de açúcar. As crianças conseguem interpretar expressões emocionais de forma muito fácil e, com os emojis, a discussão de alimentação saudável e obesidade infantil se torna mais simples e compreensível a elas, de acordo com a pesquisa divulgada pela revista Appetite.
Das 64 crianças que participaram do estudo, todas entre a pré-escola e os 12 anos, receberam uma breve explicação do que significava cada emoji e depois deveriam escolher, entre dois corredores de uma réplica de supermercado, quatro alimentos.
(Foto: Bigstock)
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Em um corredor, 12 alimentos receberam os adesivos. As carinhas sorridentes induziam as crianças aos alimentos mais nutritivos, como frutas e vegetais, enquanto que as carinhas tristes e raivosas desencorajavam as crianças a escolherem alimentos ricos em calorias, como bolos, bolachas e salgadinhos industrializados. No outro corredor, os mesmos alimentos, sem os adesivos.
Os resultados mostraram que usar os emojis aumentou a procura e a escolha pelos alimentos mais saudáveis, e reduziu o total de calorias consumidas pelas crianças. Cerca de 83% das crianças trocaram as suas escolhas industrializadas e calóricas por opções mais saudáveis depois de ver o emoji.
“Nós, basicamente, transformamos os alimentos em livros de figuras”, disse Gregory Privitera, autor principal do estudo, em entrevista ao jornal norte-americano The Washington Post. “Se pudermos usar imagens e adicionar informação sobre como esses alimentos são saudáveis, as crianças usarão essa informação para fazer escolhas mais saudáveis na alimentação de uma forma geral”, explica.
No Brasil, cerca de 35,9% das crianças entre cinco e nove anos de idade estão com excesso de peso, de acordo com informações da Associação Brasileira de Estudo a Obesidade e Síndrome Metabólica (Abeso).