Saúde e Bem-Estar

Vai escolher uma escola de inglês para seu filho? Fique de olho

Amanda Milléo
19/02/2016 22:00
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cinco questões fundamentais que todos os pais devem fazer às escolas de idiomas ou professores de língua estrangeira antes de escolher qual é o mais adequado ao seu filho, ao se decidir por este tipo de aula extracurricular. Esqueça a biblioteca multimídia e as canetas tradutoras. Ter um professor com vivência no exterior (e não apenas ter passado um curto período de férias lá fora), certificação internacional e uma boa formação pedagógica pode fazer toda a diferença.
Fique de olho:
Experiência do professor
Mais do que apenas falar, ler e escrever na língua estrangeira, aprender um idioma é se familiarizar com a cultura do outro país, suas tradições e gírias, e saber contextualizá-las. Com um professor que viveu fora e domina a cultura que ensina, a criança terá uma formação humanística e será mais aberto a outras vivências. Seis meses é o período mínimo de vivência que os pais podem buscar nos professores particulares ou nos professores da escola.
Certificação internacional
Se o objetivo do pai é que o filho, além de aprender o idioma, possa fazer uma faculdade ou outro curso fora, saber se muitos alunos que frequentam a escola conseguem essa certificação é indicação da qualidade da escola. Observar se a escola também tem diversos professores com esta certificação e se promove vivência no exterior a alunos também são bons indicativos.
Assistir a uma aula
Assistir a uma aula de idiomas para crianças pode ser uma boa maneira de selecionar a escola. Fique atento ao nível de interação e como o professor organiza o tempo dentro da sala, se as crianças têm participação ativa ou se passam muito tempo escutando ou apenas repetindo palavras no idioma estrangeiro. Perceba se o professor contextualiza a aula, se explica em quais situações as palavras se encaixam melhor, não se restringindo apenas a dar o significado.
Rotatividade nociva
Se a escola contrata e perde muitos professores, isso pode significar que a instituição não tem equipe com uma proposta pedagógica sólida. Pergunte à escola quantos professores trabalham ali, como é a rotatividade, e qual é a proposta. Veja se a escola trabalha com projetos de imersão, se eles se dedicam a um ensino interacionista – onde a criança participa. Assim, os pais conseguem perceber se a escola está alinhada com o que eles querem.
Avaliação em prova
Ter apenas uma prova, no fim de semestre, pode não ser a melhor maneira de avaliar o aluno. Confirme com a escola se as avaliações são mais frequentes, até para verificar se a criança aprendeu tudo que deveria naquele período ou se ficou para trás. Veja também se as avaliações mobilizam a memória, a atenção, percepção auditiva e visual, além da linguagem.
Procure no Lattes
Para confirmar a graduação do professor, além de ver todo o histórico da vida acadêmica, uma boa fonte de pesquisa é o sistema de busca da Plataforma Lattes, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), através do site: http://lattes.cnpq.br.
Não é hora?
Se perceber que a criança está muito nervosa, com as mãos suando, e sempre quer faltar às aulas, esses são sinais de que ela pode não estar se adaptando à escola ou à metodologia de ensino. Fique atento, pois as experiências na infância podem causar um bloqueio no aprendizado, visto que aprender uma língua estrangeira tem um importante fator afetivo.
10 alunos por professor, na educação infantil, é um número bastante discutido e não apenas no ensino da língua estrangeira. Quanto menor a idade dos alunos, as turmas devem ser menores também. Em uma turma de adolescentes ou adultos, mesmo que seja grande, a metodologia pode comportar muitos alunos, com atividades em duplas ou em grupo.
6 meses
Um semestre é o período mínimo de vivência na cultura que os pais podem buscar nos professores particulares de algum idioma ou nos professores da escola.
Fontes: Rosane de Melo Santo Nicola, professora do curso de Letras da PUCPR; Liliamar Hoça, mestre e doutora em educação, especialista em alfabetização e educação especial, professora de pedagogia da Universidade Positivo.