Quando a aspiração é total a criança não consegue esboçar qualquer som, está com asfixia, falta de ar importante e até com os lábios arroxeados.
Se for possível ver o corpo estranho na boca, retire-o com cuidado, mas não tente ir às cegas com o dedo na boca, pois pode provocar lesões na região ou empurrar o corpo estranho para regiões mais baixas, e piorar o quadro de obstrução.
Faça cinco percussões (aplicação de golpes nas costas da criança) com a mão livre na região das costas, a criança com a cabeça virada para baixo (com a boca para baixo sobre um antebraço, com a cabeça mais baixa do que o tronco), seguida de cinco compressões na frente, até que o corpo estranho seja expelido ou a criança torne-se responsiva e reaja. A compressão deve ser feita utilizando-se os dedos indicador e médio de ambas as mãos ou apenas os dedos indicadores, comprimindo o peito do bebê repetidamente.
Realize compressões abaixo das costelas, com sentido para cima, abraçando a criança por trás, até que o corpo estranho seja deslocado da via aérea para a boca e expelido. Coloque o punho na linha média do abdome, por cima do umbigo e a outra mão aberta sobre o punho. Deve-se então comprimir vigorosamente o estômago com as mãos até a expulsão do corpo estranho.
Quando a aspiração de corpo estranho é parcial: a criança pode tossir e esboçar sons. Nesta situação, o melhor procedimento é a não intervenção no ambiente doméstico e encaminhamento a um serviço de saúde, para o tratamento definitivo. Provavelmente, não é uma situação de extrema emergência e existe tempo para resolução definitiva.
A fase oral, entre os sete meses e os cinco anos, é a mais crítica, mas predomina entre um e três anos (mais de 50% das aspirações entre menores de 4 anos e mais de 94% antes dos 7 anos). Até os três anos a criança não controla a mastigação e a deglutição de alimentos, pois não possui os dentes molares, estrutura importante na trituração de alimentos sólidos. O sexo masculino é o mais atingido, o que reflete a natureza mais impulsiva e aventureira dos meninos.