Histórico

Altos e baixos: como se viram os que estão fora da média de altura

Bruna Bill, brunag@gazetadopovo.com.br
16/10/2011 03:04
Para Daniel Rocha, que tem 2,04 metros de altura, os problemas são comuns. “As camisetas que eu provo com etiqueta GG para mim parecem M”, conta o DJ de 29 anos. Para encontrar uma camiseta que não fique curta, ele apela para as lojas de tamanhos especiais. “O problema é que elas são feitas para gente mais gordinha e os fabricantes pensam muito mais na largura da roupa do que no comprimento. Como eu sou magro, elas acabam ficando largas”, afirma.
Patrícia Nerbass, consultora de estilo, explica que a variedade de biotipos e proporções faz com que dificilmente as pessoas encontrem peças com um caimento perfeito. “As modelagens de marcas brasileiras atendem um público específico, com altura entre 1,65m e 1,80m. Quem sai um pouco desse padrão já sofre. Há pouca atenção para a proporção das peças, na relação entre o ombro, tronco e pernas, o que é fundamental para a elegância da roupa”, completa a consultora de imagem Sylvia Cesário Pereira.
Os baixinhos também sofrem com o tamanho das peças. Muitas vezes os ajustes são inevitáveis, mas também podem comprometer a modelagem da roupa. “O melhor é procurar roupas que sirvam no quadril, nas costas e onde for o problema maior. Depois, ajustar o comprimento e as mangas acaba sendo mais fácil”, orienta Marcele Goes, consultora de imagem e autora do site Estilo Sob Medida. Mesmo assim, Sylvia Cesário Pereira alerta que ajustes muito grandes podem comprometer o modelo da roupa.
Setor infantil
Uma alternativa para os baixinhos, nem sempre indicada, é comprar roupas no setor infantil. É o que faz a estudante de marketing Maria Francisca Sene Baptista, que tem 22 anos e 1,50 metro. “Procuro coisas que não tenham tanta cara de criança, evito o cor de rosa e busco cores mais neutras como o cinza. Sapatos, casacos e jaquetas são mais fáceis de achar para não ficar com cara de ser mais nova do que sou”, explica.
A solução, segundo as consultoras, é mesmo procurar muito e contar com um pouco de sorte. Fora isso, encontrar uma boa costureira de confiança, que faça os ajustes adequados e ainda possa confeccionar algumas peças sob medida é a melhor saída.
SOB MEDIDA
Veja algumas dicas das consultoras de estilo para que altões e baixinhos fiquem mais elegantes:
PROCURE MUITO. Não tem jeito. Para achar aquela peça com o caimento ideal, ajustada ao corpo e no comprimento perfeito, é preciso procurar muito. Mesmo nas seções infantis ou nas lojas de tamanhos especiais, é importante buscar peças que não passem a impressão de roupa emprestada.
FAÇA AJUSTES. Essa é uma regra para quase todo mundo. Uma roupa ajustada ao corpo, com jeito de feita sob medida, dá mais elegância ao visual. Mas atenção: se o ajuste for maior do que dois números, é melhor encomendar uma peça exclusiva, pois ela pode perder a modelagem e ficar estranha.
DISFARCE OS PROBLEMAS. Aquela barra da calça que sobrou pode ser dobrada ou enrolada e dar um charme ao visual. O mesmo vale para a manga da camisa que ficou curta, dobrar e usar como ¾ pode ser uma saída. Mas cuidado: esses truques só valem em ambientes informais, onde as regras são mais flexíveis.
MANDE FAZER. Atualmente as pessoas perderam o hábito de ir à costureira e fazer peças sob medida. Porém, esse é um costume que as pessoas deveriam retomar, pois, apesar de serem mais caras, as roupas vão ficar do jeito que você quer e perfeitas no seu corpo.O s