Resumir minha passagem de oito anos (2003-2011) pelo Viver Bem não é tarefa fácil, pois este, sem dúvida, foi o período de maior aprendizado de minha carreira. Eu vinha do caderno jovem, o Fun, mas confesso que desde que entrei na Gazeta do Povo, em 1997, meus olhos bilhavam quando via Nereide (Michel) e cia trabalhando nas últimas tendências da moda.
No início de 2003, quando eu voltava ao trabalho depois da licença maternidade de minha primeira filha, veio a notícia de que eu era a indicada para substituir a Nereide e que minha tarefa era reformular o caderno. Minha primeira questão foi: como mexer em um suplemento que é um sucesso comercial e de audiência?
Passávamos pelo início do boom da internet e dar uma lufada de ar no caderno significava abandonar velhos paradigmas e buscar novas formas de nos comunicarmos com o leitor. O caderno ganhou um novo projeto gráfico, grampo e refile, o que fez muita diferença em comparação com as páginas soltas até então.
Mas tínhamos consciência de que só a mudança de forma não adiantaria. Para estabelecer interatividade com o leitor, passamos a incluir o e-mail do jornalista responsável pela matéria. A coluna “Sabores” ganhou assinatura da chefe de cozinha Andréa Vieira, que trazia uma crônica gastronômica junto da receita. Os editoriais de moda ganharam o reforço da coluna “Agora é Moda”, da jornalista Ana Clara Garmendia. E criamos um espaço para charges na página 3, na qual o cartunista Benett apresentou seu polêmico personagem Cachorro.
Reduzimos os tamanhos das reportagens, mas não descuidamos no conteúdo – era uma tarefa semanal levar ao leitor assuntos distintos com um tratamento diferente. Então criamos a “Peteca”, que “pulava” de jornalista em jornalista da redação – eram crônicas voluntárias de gente que cobria política, economia, esporte e que se divertia escrevendo textos para as domingueiras do Viver Bem.
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