Há mais dois mil anos, monges budistas chineses, para incrementar o sabor de sua dieta vegetariana, criaram uma pasta à base de soja e sal. No século 13, o produto foi levado para o Japão, onde foi aprimorado até chegar ao que hoje conhecemos como shoyu ou molho de soja. O shoyu foi levado para a Europa no século 16 pelos portugueses. E, atualmente, este tempero líquido que é uma das bases da culinária asiática, está totalmente difundido no Ocidente, valorizando pratos de diversas origens. A personal cooking Jaqueline Moraes, que presta consultoria para bares e restaurantes, costuma misturar o molho de soja a outras substâncias para conseguir a perfeita harmonização do prato. “O shoyu é um produto concentrado. Se usado exclusivamente vai resultar em uma comida forte e salgada. Deve ser dosado e diluído em um suco, por exemplo.” A chef costuma usar o tempero como substituto do sal, porque o acha mais saboroso. Uma das sugestões de Jaqueline é temperar a salada com uma colher (sopa) de shoyu diluída em três colheres de suco de maracujá ou laranja. “A salada não tem sempre que ser ruim e sem graça.” Segundo ela, mel e saquê são outros bons parceiros para o líquido, como na sugestão ao lado. “No molho madeira, cuja base é vinho madeira e molho de carne, eu substituo o molho inglês pelo shoyu”, acrescenta.
Como tudo que é bom, o molho de soja tem os seus poréns dentro da dieta saudável. De acordo com a nutricionista Ligia Carlan, como contém sal e açúcar, o shoyu não é indicado para hipertensos e diabéticos. “Trata-se de um condimento que tem de ser utilizado com parcimônia para não se tornar um excesso”, avalia ela. Quanto ao shoyu light, Ligia confirma o menor teor de sal e açúcar. “Mas o sabor também é mais fraco.”
dbrito@gazetadopovo.com.br
Colunistas
Agenda
Animal